
O administrador A.M.P.N., de 38 anos, foi preso preventivamente nesta terça-feira (15) após a Polícia Civil de Roraima concluir que ele armazenava vasto conteúdo de pornografia infantil em um dos celulares apreendidos durante a Operação Lobo Mau, deflagrada em outubro de 2024.
A prisão foi executada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), após a conclusão da perícia nos materiais apreendidos na casa do investigado, no bairro Caçari, em Boa Vista. Segundo a delegada Jaira Farias, responsável pela investigação, o laudo confirmou que o dispositivo continha centenas de arquivos com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes.
Além do conteúdo armazenado no aparelho, os peritos encontraram aplicativos de nuvem, como Yandex Disk e MEGA, que continham pastas com material semelhante. Também foi identificado que o suspeito participava de 553 grupos e comunidades no aplicativo Telegram voltados à pedofilia, com títulos como “vídeo gay”, “família incesto” e “mães e filhos”.
Conforme a delegada, o acusado já havia sido condenado em 2020 a mais de 24 anos de prisão por estupro de vulnerável, mas recorreu da sentença. O processo ainda está em tramitação. Com o novo material, Jaira Farias representou pela prisão preventiva para garantir a ordem pública e evitar a reincidência.
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A investigação se baseia nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que criminalizam a divulgação, o armazenamento e a posse de conteúdo pornográfico envolvendo menores de idade.
A.M.P.N. foi localizado no bairro Caranã, em Boa Vista, e encaminhado à sede da DPCA. Ele passou por audiência de custódia após a formalização da prisão.
Operação Lobo Mau
A Operação Lobo Mau foi realizada em 31 de outubro de 2024 em todo o país. Em Roraima, a Polícia Civil atuou com apoio do Ministério Público de São Paulo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Polícia Civil paulista.
O nome da operação faz referência à figura do predador sexual que se esconde sob uma aparência de normalidade para se aproximar das vítimas — comportamento que se potencializa nas redes sociais. Ao todo, a ação cumpriu 94 mandados de busca e apreensão e um de prisão em diferentes estados e no Distrito Federal.
O post Administrador é preso por pornografia infantil e participação em 500 grupos de pedofilia apareceu primeiro em Folha BV.