

Polícia Civil deflagrou operação contra grupo que incentivava crimes entre jovens na terça-feira (15) – Foto: Divulgação/Polícia Civil/ND
Um jovem, de 17 anos, de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, está entre os alvos de uma operação voltada para desarticular um grupo que incentivava crimes entre jovens. As diligências, encabeçadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram cumpridas em sete estados na última terça-feira (15).
São investigados crimes de ódio, de tentativa de homicídio, de instigação ao suicídio, de maus-tratos a animais, de apologia ao nazismo e de armazenamento e divulgação de pornografia infantil.
De acordo com o delegado da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso) de Criciúma, Fernando Possamai, ao ND Mais, o jovem está detido na cela da instituição. Ele deve ser transferido para a Case (Comunidade de Atendimento Socioeducativo) ainda nesta quarta-feira (16).
O adolescente apreendido em Criciúma é apontado com um dos líderes do grupo que incentivava crimes entre jovens. Durante as diligências, foram presos dois adultos.
Sobre a operação Adolescência Segura
A operação, nomeada Adolescência Segura, executou os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, além de internação provisória contra adolescentes infratores. As diligências foram cumpridas nos seguintes estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.

Diligências foram cumpridas em sete estados, entre eles, Santa Catarina – Foto: Divulgação/Polícia Civil/ND
Como atuava o grupo que incentivava crimes entre jovens
As investigações começaram em fevereiro deste ano, depois da transmissão, ao vivo pela internet, de um ataque cometido por um adolescente contra uma pessoa em situação de rua. Na agressão, o jovem lançou um coquetel molotov contra a vítima, que estava dormindo e teve 70% do corpo queimado.
A partir disso, e, após monitoramento e cruzamento de dados, policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima descobriram que o crime não se tratava de um fato isolado. Os administradores do servidor utilizado no crime compunham uma organização criminosa especializada em crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes, que eram os principais alvos.
Segundo a Polícia Civil, o grupo que incentivava crimes entre jovens se espalhava por diferentes plataformas digitais, nas quais manipulavam psicologicamente crianças e adolescentes.