

Suspeito de matar policial da Core se escondeu no apartamento da mãe durante operação na Ladeira dos Tabajaras – Foto: Reprodução/Internet/ND
Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca foi preso na noite de terça-feira (15) na casa da mãe, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Ele é suspeito de envolvimento na execução do policial da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), João Pedro Marquini, em 30 de março.
O agente de 38 anos foi baleado enquanto dirigia na frente da esposa, a juíza Tula Mello, que estava atrás em um carro blindado e não foi atingida. O crime é investigado como tentativa de latrocínio, roubo seguido de morte.
O casal estava voltando da casa da mãe de Marquini em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde buscaram seu carro. Ele dirigia o próprio veículo na Estrada da Grota Funda quando foi surpreendido por criminosos armados com fuzis e pistolas. O policial da Core morreu no local.
Segundo a investigação, um grupo criminoso de Ladeira dos Tabajaras teria ordenado a invasão de uma comunidade da zona oeste do Rio e estaria tentando fugir após trocar tiros com milicianos. Desse modo, os suspeitos pretendiam roubar o carro blindado da juíza para empreender a fuga.
Cinco são mortos em operação contra suspeitos de matar policial da Core
Na terça-feira, a Polícia Civil deflagrou uma operação na Ladeira dos Tabajaras, comunidade entre Copacabana e Botafogo, para prender os suspeitos de executar o policial da Core. Cinco pessoas foram mortas e três presas em flagrante.
Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca se escondeu no apartamento da mãe durante a operação. A investigação aponta que ele teve envolvimento direto no latrocínio.

Traficante conhecido como ‘Cheio de Ódio’ morreu em confronto com a polícia no Rio de Janeiro – Foto: Reprodução/ND
Um dos mortos na operação foi o traficante Vinicius Kleber di Carlantonio Martins, mais conhecido como “Cheio de Ódio”. Ele é apontado como um dos líderes do tráfico de drogas na Ladeira dos Tabajaras e seria dono de um carro usado no ataque à zona oeste da cidade, pouco antes da morte do policial da Core.
Entre os suspeitos de envolvimento no crime, estão William do Amaral Gomes, conhecido como “Marmitão”, e Douglas de Souza Napoleão, o “DG”, que também morreram na incursão policial.
‘Bravura e altruísmo’: quem era policial da Core assassinado no Rio de Janeiro?
João Pedro Marquini tinha treinamento de um curso da Swat Miami Police, unidade de polícia dos Estados Unidos altamente especializada. Em um comunicado publicado nas redes sociais, a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que o agente morto foi “referência em operações especiais”.

Policial da Core e juíza se casaram em fevereiro de 2024 – Foto: @tulamello/Instagram/ND
A Core também lamentou a perda. “Por inúmeras vezes, ele colocou sua própria vida em risco para proteger seus irmãos e a sociedade, sempre com bravura e altruísmo. Tantos eventos heroicos permitiram que ele fosse promovido rapidamente ao posto mais alto de sua carreira: Comissário de Polícia”.
“Sua paixão pelo trabalho e sua incansável dedicação ao bem maior fizeram dele um exemplo que transcende o tempo, e seu legado seguirá inspirando gerações de agentes de segurança pública”, disse o Core.
Marquini era casado com Tula Mello, juíza do 3º Tribunal do Júri da Capital, desde fevereiro de 2024. Na terça-feira, ela publicou fotos ao lado do policial da Core e escreveu: “Cheio de amor”.