Médico é preso após polícia encontrar cães mortos e congelados em freezer no RJ

Momento da prisão. Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou cães mortos e congelados dentro de um freezer na casa de um médico em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. O suspeito foi preso em flagrante por crime de maus-tratos a animais.

A ação ocorreu na manhã de terça-feira (29), no bairro Nova Canaã, durante a Operação Liberandum, deflagrada após uma denúncia anônima sobre um forte odor vindo da residência do médico, identificado pelas iniciais W.R.S.O.

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Ao entrarem no imóvel, os policiais descreveram o cenário como uma “verdadeira cena de horror”. Em vídeo divulgado nas redes sociais da Polícia Civil, é possível ver o momento em que os agentes retiram corpos de cachorros adultos e filhotes do interior do congelador. Os corpos estavam enrolados em sacos plásticos.

Mais animais em situação crítica

Além dos cães mortos e congelados, a equipe encontrou outros animais vivos em condições degradantes. Quatro gatos estavam trancados dentro de um banheiro, cercados por fezes e comida estragada. Ao todo, dez animais foram resgatados — quatro gatos e seis cães — e levados para avaliação veterinária.

Substâncias semelhantes a anestésicos de uso médico e ervas com aparência de maconha também foram encontradas na residência. O médico, que atuava como cardiologista em um posto de saúde da cidade, foi preso no momento em que saía para trabalhar. O caso segue sob investigação, e o médico pode responder por maus-tratos, crime previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais.

Maus-tratos a animais: o que diz a lei

No Brasil, maus-tratos a animais são considerados crime ambiental, conforme o artigo 32 da Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais). A legislação proíbe ações como ferir, mutilar, abandonar, envenenar ou manter animais em condições de sofrimento físico ou psicológico.

Desde a Lei nº 14.064/2020, as penas foram agravadas para casos que envolvem cães e gatos. Nestes casos, a pena pode variar de dois a cinco anos de reclusão, além de multa e proibição da guarda de novos animais. Quando ocorre a morte do animal, a punição pode ser ainda mais severa.

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