
A Justiça de Roraima revogou, nessa quarta-feira (21), a prisão temporária de W.G.J., advogado de 33 anos, investigado por suposta participação em um esquema de tráfico de drogas interestadual que utilizava helicópteros para transportar entorpecentes ao interior do estado. A decisão foi expedida pela Vara Criminal da Comarca de Caracaraí, que entendeu não haver mais elementos que justifiquem a manutenção da medida privativa de liberdade.
De acordo com a decisão, as principais diligências já foram cumpridas pela Polícia Federal, e não há indícios de que a liberdade do investigado possa interferir na apuração dos fatos.
A defesa de W.G.J., representada por Diego Rodrigues, Juliana Orihuela, Henrique Wagner Araújo e Marcelo Hirano, afirmou que “não havia necessidade da prisão, já que o investigado sempre demonstrou colaboração, nunca ameaçou testemunhas, concedeu a senha de seu celular e respondeu a todos os questionamentos do delegado”. Os advogados reforçaram ainda o princípio constitucional da presunção de inocência.
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O advogado deverá cumprir medidas cautelares, como não se ausentar da comarca onde reside, não mudar de endereço sem comunicar a Justiça e não manter contato com outros investigados.
Operação Finus Volatus
A soltura ocorre no contexto da operação Finus Volatus, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (16). A ação cumpriu quatro mandados de prisão — sendo três preventivas e uma temporária — e oito de busca e apreensão. Segundo a PF, o grupo investigado utilizava fazendas como bases para pousos e distribuição de drogas, dificultando a fiscalização terrestre por meio da logística aérea.
Além dos mandados, a Justiça também determinou o bloqueio de valores que ultrapassam R$ 10,5 milhões, supostamente ligados à estrutura financeira da organização criminosa.
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