Avião cai em Vinhedo: gelo na asa é a principal suspeita; região estava sob alerta severo

Um avião caiu na manhã nesta sexta-feira (9) em Vinhedo, interior de São Paulo, e a principal hipótese é que a formação de gelo na asa tenha causado a tragédia.

avião que caiu em vinhedo

Avião caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, e vitimou 61 pessoas – Foto: Record TV/Reprodução/ND

Segundo o site sueco Flightradar24, que monitora voos internacionais, a aeronave sobrevoava uma área onde havia um alerta de “formação severa de gelo” entre 12 mil e 21 mil pés, e estava voando a 17 mil pés pouco antes do acidente.

Avião ATR-72 é sensível à formação de gelo

Em coletiva de imprensa na noite desta sexta-feira (9), Marcel Moura, diretor de operações da Voepass, companhia responsável pelo voo, informou que a aeronave passou por uma manutenção de rotina na noite anterior e decolou sem nenhum problema técnico identificado.

Durante a coletiva, ele foi questionado sobre a hipótese de que gelo teria se acumulado na asa e tirado a sustentação da aeronave.

Coletiva de imprensa da Voepass com Marcel Moura, diretor de operações, e Eduardo Busch, CEO da Voepass – Foto: Reprodução/ND

Em resposta, Moura admitiu que o avião ATR-72 possui maior sensibilidade à formação de gelo. Além disso, Moura afirmou que a equipe estava ciente da frente fria que atingia a região, mas ressaltou que o fenômeno se encontrava dentro dos parâmetros considerados seguros para o voo.

“A aeronave tem características de sensibilidade maior a situação de gelo. Era previsto gelo durante o voo, mas dentro das características aceitáveis”, disse Moura.

O diretor de operações da Voepass disse que a hipótese do gelo na asa não está descartada. “Nenhuma hipótese é descartada nesse momento. O avião de fato era sensível ao gelo, mas ainda é muito cedo para tirar conclusões”, declarou Moura.

Força Aérea Brasileira investiga causas

Duas caixas-pretas já foram localizadas no local do acidente e serão analisadas para determinar o real motivo da queda. Investigadores do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), braço de operação da FAB (Força Aérea Brasileira), estão no local para conduzir as investigações. O acidente resultou na morte de 61 pessoas.

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