Morador registrou queda de avião em Vinhedo enquanto filmava vídeo sobre churrasqueira

“O avião tá caindo”, disse um morador de Vinhedo, no interior de São Paulo, quando percebeu o acidente aéreo da Voepass enquanto gravava um vídeo ensinando a limpar churrasqueira. A queda da aeronave aconteceu nessa sexta-feira (9) e deixou 62 pessoas mortas.

Queda de avião em Vinhedo

Morador registrou queda de avião em Vinhedo enquanto gravava vídeo sobre churrasqueira – Foto: Internet/Reprodução/ND

Eleuano Jacaranda iniciou a gravação na intenção de fazer um vídeo de humor e dar dicas de como manter a churrasqueira limpa. Mas logo começou a ouvir um barulho intenso, que inicialmente pensou ser de um carro.

Quando o som ficou ainda mais alto, ele deixou a gravação do conteúdo de lado e se debruçou sobre a varanda para conseguir enxergar o que estava acontecendo.

Jaca, como é chamado na internet, pegou o celular novamente e conseguiu registrar o momento que a fumaça inicia, logo que a aeronave atinge o solo a poucos quilômetros da sua casa.

Veja vídeo

@canaldojaca

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♬ som original – Eleuano Jacaranda

Queda de avião deixa 62 mortos em Vinhedo

A aeronave ATR-72, turboélice para passageiros, saiu de Cascavel, no Paraná, e pousaria no Aeroporto Internacional de Guarulhos às 13h50 de sexta-feira (9). No meio do trajeto, no entanto, caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo. O acidente deixou 62 pessoas mortas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.

As duas caixas-pretas do avião foram encontradas e levadas ao Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Brasília, na manhã desse sábado (10).

Conforme informações da FAB (Força Aérea Brasileira), os trabalhos preliminares de preparação, extração e degravação de dados foram iniciados pelos investigadores.

Já trabalho de resgate das vítimas aconteceu de forma muita intensa durante esse sábado. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, o capitão Michael Cristo, o avião caiu como se estivesse “chapado no chão” e isso tem ajudado no trabalho de resgate.

“Para quem viu imagens aéreas, a gente está com o desenho da aeronave no chão, então, a gente consegue ir identificando por fileiras. A gente está fazendo isso de propósito, indo da cabine para a cauda. Conforme localiza [os corpos] naquela fileira, os retira, identifica todos eles e parte para a próxima fileira”, explicou em conversa com a imprensa.

“Todos os corpos estão como se estivessem sentados nos seus respectivos assentos. Lógico, tem a dinâmica da queda, do movimento quando bate [o avião] no solo, mas as vítimas estão dentro desse perímetro da aeronave, não tem corpos ejetados”, completou.

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