Homens que fingiram ser policiais para matar jovens em condomínio de Joinville são condenados

Dois integrantes de uma facção criminosa foram condenados à prisão por matar um jovem de 15 anos e outro de 21 em Joinville, no Norte de Santa Catarina. O crime aconteceu em janeiro de 2023, após uma ação coordenada para tentar distrair as forças de segurança.

Após matar dois jovens, grupo incendiou os carros e trocou tiros com a polícia – Foto: Mikael Melo/NDTV

O duplo homicídio aconteceu no fim da madrugada, dentro de um condomínio residencial do bairro Jardim Paraíso. Após o crime, os suspeitos fugiram e incendiaram dois veículos utilizados na ação. Os carros foram encontrados destruídos na Estrada Timbé.

A Polícia Militar foi acionada e iniciou a perseguição aos suspeitos, que trocaram tiros com os policiais. O helicóptero Águia, agentes da PM e da Polícia Civil montaram um cerco no bairro em busca dos suspeitos. Quatro pessoas foram presas à época.

Ação coordenada para distrair a polícia e cometer os crimes

Segundo o Ministério Público, para distrair as forças de segurança, cerca de dez integrantes de uma organização criminosa praticaram diversos crimes nos bairros Boa Vista e Iririú. Depois, partiram em comboio para o condomínio a fim de matar Maycon Lima Diniz, de 21 anos, e Flavio Mamedes, de 15 anos, que seriam associados a uma facção rival.

Os réus entraram no local usando roupas pretas, coletes balísticos e rádios comunicadores, se fazendo passar por agentes da Polícia Civil. Após entrarem, invadiram um dos apartamentos e mataram as vítimas com dezenas de tiros. Já o restante do grupo permaneceu na portaria para vigiar a área e impedir a aproximação de pessoas.

A representante do Ministério Público destacou que “o delito foi cometido por motivo torpe, decorrente de uma ordem de ‘decretação’ autorizada pela cúpula da facção criminosa, em razão de disputas com a facção rival, à qual as vítimas eram associadas”.

Dois réus condenados à prisão

Julgados nesta semana, dois dos réus foram condenados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, mediante dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, além dos crimes de organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e receptação. As penas de cada um ultrapassam os 35 anos de prisão.

Já outro réu foi absolvido dos homicídios, mas condenado a oito anos de prisão por organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e receptação. Um quarto réu morreu antes do julgamento e outros dois tiveram o processo desmembrado e aguardam julgamento.

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