Ataques em Florianópolis: não há chance de escalada de conflitos entre facções, diz governo

Em coletiva de imprensa na tarde deste sábado (19), a Polícia Civil de Santa Catarina confirmou que os diversos incêndios por ataques registrados na Grande Florianópolis foram causados por um conflito entre facções criminosas.

Ao todo, 12 pessoas foram presas, duas delas baleadas pelas forças de segurança e um suspeito morreu. 6 carros foram incendiados.

Imagem de coletiva de imprensa sobre ataques na Grande Florianópolis

Ataques na Grande Florianópolis foram causados por disputas entre facções criminosas, confirma governo – Foto: Vivian Leal/ND

Conforme antecipado pelo ND Mais, os incêndios registrados em cidades da Grande Florianópolis têm relação a um conflito entre facções criminosas, iniciado ainda na madrugada de sexta-feira (18).

“A gente recebeu informações, na madrugada, que um grupo criminoso queria tomar espaço de outro, lá no Papaquara. Depois houve essa invasão, nossa polícia reagiu”, detalhou o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).

imagem atuação da PM em ataques na Grande Florianópolis

Gabinete de crise é instaurado após série de ataques em Florianópolis – Foto: CBMSC/ Reprodução/ ND

O delegado-chefe da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, descartou, durante a coletiva, que haja risco de uma escalada da violência para o restante do estado. “Temos uma situação pontual, em que já estamos instaurando inquéritos para responsabilizar os envolvidos”, pontuou. A polícia solicitou a prisão preventiva de todos os capturados.

A onda de ataques não tem relação com lideranças do crime organizado que já estão presas. “Não identificamos nenhuma comunicação de dentro de presídios que mobilizasse isso hoje. Foi uma ação pontual”, destacou Ulisses. Com os criminosos presos, foram apreendidas seis pistolas, coletes balísticos e munições.

imagem da coletiva de imprensa após ataques na grande florianópolis

Jorginho Melo tranquiliza população após ataques na Grande Florianópolis – Foto: Arliss Amaro/ND

Jorginho Melo tranquiliza população após ataques em Florianópolis

O governador do Estado, Jorginho Mello, destacou que a população pode ficar tranquila porque não há riscos de novos ataques.

“Recebemos apoio de todos os partidos órgãos, Polícia Federal, Ministério Público, Prefeitura de Florianópolis, todos ficaram preocupados. Mas Santa Catarina é um Estado que preza pela segurança e proteção das pessoas, e já está tudo pacificado”, disse.

imagem de ataques na grande Florianópolis

Jorginho Melo tem posição firme após ataques – Foto: Reprodução/ ND

“Lixo da sociedade”, diz Jorginho Melo em posição firme contra ataques

“Não estamos acostumado com isso, mas a bandidagem pode ficar sossegada que não vai ter moleza. Eles não vão levar a melhor. Isso não é ameaça, é posição de governo. Quem achar que pode fazer algo, vai levar chumbo”

“Eles são o lixo da sociedade. São facções criminosas, uma querendo tomar o espaço da outra”

Gabinete de crise

A Polícia Civil de Santa Catarina ativou o gabinete de crise formado pela Diretoria de Inteligência, Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis, além da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), Coordenadoria de Operações com Cães (COPC), Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e Delegacias de Combate ao Crime Organizado.

 

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