16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher inicia nesta segunda em 160 países

Com foco na erradicação de todas as formas de violência contra meninas e mulheres, a campanha internacional 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher tem início nesta segunda-feira (25) em 160 países. No Brasil, a mobilização começou em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e seguirá até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

A 'Campanha Internacional 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres' será em 160 países.

Inicia nesta segunda-feira (25), em 160 países, a campanha internacional 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Violência contra as mulheres em Santa Catarina

No Brasil, mais de 1.400 mulheres foram vítimas de feminicídio no último ano. Em Santa Catarina, no primeiro semestre de 2024, a Justiça julgou uma média de 56 casos de violência doméstica por dia.

Ao todo, foram 11.948 processos, número 24,81% maior em relação aos anos de 2022 e 2023, segundo a Cevid (Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar).

A campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher busca conscientizar sobre os diferentes tipos de violência de gênero e fomentar ações concretas que promovam igualdade, segurança e justiça.

“Combater a violência contra as mulheres vai além de medidas punitivas. Envolve educação, conscientização e empoderamento para quebrar a cultura do machismo enraizada na sociedade”, afirma Sérgio Raulino, coordenador do projeto Empoderando-se de defesa pessoal feminina.

Ações preventivas para identificar sinais de perigo

No primeiro semestre de 2024, a Justiça de Santa Catarina julgou uma média de 56 casos de violência doméstica por dia – Foto: Agência Gov/Reprodução/ND

Raulino destaca que as ações preventivas, como o conhecimento sobre relacionamentos tóxicos e o fortalecimento da autoestima, são cruciais. “Mulheres que conhecem sua força, tanto física quanto emocional, estão mais preparadas para identificar sinais de perigo”, explica.

Com mais de seis anos de atuação em Santa Catarina, o projeto Empoderando-se já alcançou milhares de mulheres por meio de cursos, oficinas e rodas de conversa.

“Trabalhamos para transformar o emocional e o físico das participantes, promovendo autoestima e saúde mental por meio de técnicas práticas de defesa e autoconhecimento. Isso é empoderamento”, ressalta Raulino.

Combate à violência contra as mulheres é responsabilidade de todos

Combater a violência contra as mulheres é responsabilidade de todos – Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Divulgação/ND

A campanha também reforça a importância da ação coletiva e das políticas públicas para a construção de uma sociedade mais equitativa. Durante os dias de campanha são realizadas atividades educativas e culturais.

A mensagem central é clara: combater a violência contra as mulheres é responsabilidade de todos. Juntos, é possível construir um futuro mais seguro, inclusivo e igualitário.

Segundo o coordenador do Empoderando-se, o suporte psicológico, jurídico e social às mulheres que sofrem violência, além do empoderamento emocional, auxiliam a identificar relacionamentos tóxicos e prevenir possíveis violências.

“A melhor forma de se proteger da violência é evitá-la. Por isso a importância de campanhas de conscientização da violência contra a mulher, para que elas saibam que não estão sozinhas e busquem ajuda”, finaliza.


Aula de defesa pessoal ajuda no combate à violência contra as mulheres – Vídeo: Empoderando-se/Reprodução ND

 

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