Golpe da caipirinha: turista paga R$ 5 mil por bebida no RJ; suspeito é preso em Copacabana

Um homem foi preso, suspeito de aplicar o “golpe da caipirinha” em turistas, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo a investigação da Polícia Civil carioca, o suspeito agia com dois comparsas e se aproveitava, principalmente, de estrangeiros.

Turista perde R$ 5 mil com “golpe da caipirinha”

Segundo a PCERJ, os criminosos se aproveitam de pessoas que já estejam bebendo e, em um momento de distração, colocam mais bebida no copo das vítimas. Coagidas, elas acabam pagando pelo consumo nas maquininhas de cartão que os próprios criminosos carregam.

O esquema foi descoberto pela polícia depois que um estudante chileno, de 32 anos, registrou um boletim de ocorrência após perder U$ 899, equivalente a R$ 5 mil. Em depoimento, o turista informou que o homem alegava que a transação tinha sido recusada e repetiram a operação quatro vezes, em duas máquinas diferentes.

Suspeito foi reconhecido pelas vítimas

Nesta semana, a PCERJ prendeu Leonardo Correa de Souza, de 39 anos. Ele foi encontrado no mesmo local em que as abordagens costumavam acontecer e reconhecido pelas vítimas.

À Record, a defesa de Leonardo informou que ele trabalha como vendedor e é uma pessoa idônea. Os advogados entraram com pedido de revogação da prisão, mas foi negado pelo poder Judiciário nesta quinta-feira (25).

Os investigadores descobriram que o valor extorquido do turista chileno foi destinado à conta de um homem de 29 anos, que já havia sido preso por tráfico de drogas em 2019. Ele seria irmão de Leonardo.

Um terceiro suspeito, de 37 anos, já foi reconhecido pela polícia. A identidade dele estava com Leonardo no momento da prisão. O suspeito detido deve responder pelos crimes de estelionato, extorsão e associação criminosa.

Cuidado ao realizar pagamentos ao ar livre

O consultor de segurança, Marcy de Campos Verde, alerta para os cuidados na hora de realizar pagamentos em ambientes públicos. “Sobre a maquininha do cartão, o visor pode estar tampado, pode estar quebrado, adulterado. Tem um número fixo lá, R$ 20, só que, na verdade, o valor real digitado é muito maior”, afirma.

Além disso, Campos Verde ainda reforça os cuidados com o consumo de bebidas com procedência duvidosa. “Você não sabe o que tem nessa bebida, poderia ter uma droga ali, um boa noite cinderela. Então, se alguém pegar o seu copo, abandona essa bebida e vá embora”, diz o consultor de segurança.

*Com informações do R7.