Assassinato de jovem em boate de Floripa por um PM fazendo ‘bico’ não pode ficar impune

A morte de um jovem trabalhador na terça-feira (8) em uma casa noturna em Floripa, a Sex Night, resgata debate acerca da atividade de segurança privada (‘bico’) por parte de policiais militares, civis e penais. O caso acende o alerta sobre a capacitação de profissionais de empresas prestadoras deste tipo de serviço e a atuação de amadores.


Ato de violência e covardia no caso do jovem assassinado em boate, que inclui chutes no pescoço mesmo depois dele ter sido baleado pelas costas e já morto – Vídeo: Reprodução ND

Já não é de hoje que o assunto é debatido toda vez que ocorre um fato lamentável e trágico, como na boate na Avenida Mauro Ramos. Inclusive, e pasmem, já tendo sido tratado até com a intenção de ser um projeto de lei que autorizaria policiais de folga a efetuarem a segurança fardados ou à paisana, utilizando a arma funcional.

Seria a confissão expressa do Estado de que a segurança pública é insuficiente ou falha, e que os cidadãos estão à mercê da criminalidade.

Assassinato de jovem em boate acende alerta

Sex Night foi interditada pelo Procon na noite de quarta-feira (6) após o assassinato de jovem em boate

Sex Night foi interditada pelo Procon na noite de quarta-feira (6) após o assassinato de jovem na boate – Foto: Reprodução/Google Street View

Sem embargo, é urgente a necessidade das instituições policiais de orientar, fiscalizar e coibir seus integrantes de operarem nesta função. Também é essencial que a Polícia Federal, responsável pelo controle das empresas privadas, exija destas a qualificação mínima necessária e a reciclagem periódica destes funcionários.

Sem generalizar categorias e profissionais, o fato é que a recorrente justificativa da “necessidade de reforço financeiro” e a aparente “capacitação para a tarefa” não são suficientes, como demonstrou a dinâmica do acontecido e o resultado deste.

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