Justiça mantém prisão de segurança e PM suspeitos de matar cliente em boate de Florianópolis

Eu audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira (9), a Justiça decidiu converter as prisões em flagrante do segurança Gean Carlos dos Santos e do policial militar Rafael Azevedo de Souza em preventivas. Com isso, os dois suspeitos pela morte do cliente de uma casa noturna em Florianópolis, na manhã de terça-feira (8), seguem presos.

Segurança e policial militar são suspeitos pela morte de cliente em boate – Foto: Gabriel Prada/ND

Após a audiência de custódia, que ocorreu no Fórum da Capital, o advogado de Gean Carlos, Marcos Paulo Poeta do Santos, argumentou que o cliente não oferece risco à sociedade e poderia responder pelo crime em liberdade, diferente do que determinou a Justiça.

“O argumento principal do Ministério Público foi a credibilidade da Justiça. Nós pontuamos que a credibilidade não se faz com a prisão nesse momento. Dadas as circunstâncias em que o fato ocorreu, entendemos que o Gean Carlos possui direito de responder o processo em liberdade”, disse.

Briga na boate acabou com cliente morto após ser atingido por disparo de arma de fogo- Foto: Divulgação/ND

Imagens gravadas por uma câmera de segurança da boate localizada no Centro da Capital mostram o momento em que o grupo de amigos da vítima, Thiago Kich de Melo, questiona o valor da comanda. Uma discussão começa e o segurança Gean Carlos atinge um homem com uma cotovelada.

Em seguida, o policial militar Rafael Azevedo de Souza, que fazia um bico como segurança na boate, atira contra Thiago, que cai. Por fim, Gean pisa na cabeça da vítima por várias vezes. O homem de 28 anos morreu ainda no local e foi velado na manhã desta quarta-feira.

“Gean saiu de casa para trabalhar em um dos dois empregos que possui. Com certeza não saiu de casa para que uma infelicidade como essa ocorresse. É um homem de 45 anos, que trabalha de carteira assinada com vários registros, com endereço em Florianópolis. É um homem de bem”, complementou o advogado. Ele firmou que Gean Carlos está “extremamente abalado”. A defesa do policial não foi encontrada.

O policial militar deve seguir preso no 4º Batalhão da PM, enquanto Gean segue no presídio da Capital. O caso continua em investigação pela Polícia Civil e a Corregedoria-Geral da PM instaurou inquérito para apurar as circunstâncias que envolveram a presença do policial na boate.

*Com a contribuição de Felipe Kreusch e Nicolas Horácio.

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