Quem é Lúcifer, serial killer que ‘enlouqueceu’, matou 50 do PCC e peitou Marcola

Marcos Paulo da Silva, conhecido como Lúcifer, de 46 anos, é um ex-membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) que se voltou contra o grupo e já matou 50 membros da sua antiga facção. No presídio, o criminoso “enlouqueceu”, segundo fontes da segurança pública de São Paulo.

Marcos Paulo da Silva, o Lúcifer, deitado em uma maca; sem camisa, com tatuagens e os braços com cortes profundos

Serial killer Lúcifer é um dos grandes inimigos de Marcola, líder mais famoso do PCC – Foto: Reprodução/Internet/ND

Lúcifer é visto como um dos grandes inimigos de Marcola, um dos líderes do  PCC. Diagnosticado com psicose e transtorno de personalidade antissocial, ele é responsável por um rastro de violência em que ele, com orgulho, afirma ser o autor de 50 assassinatos brutais dentro de presídios de São Paulo.

O criminoso rompeu com o PCC em 2013 e é apontado como criador da facção Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho. “Ele rompe com o PCC. Na visão dele, o PCC começa a fugir daquilo que seria o intuito ou ideal da facção, que seria a opressão carcerária. O PCC começa, no olhar de Lúcifer, visar apenas o lucro. Com isso, ele se revolta e começa a matar”, afirmou a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, em entrevista à Record TV.

A ascensão de Lúcifer

Marcos Paulo da Silva foi preso pela primeira vez em 1995, aos 18 anos, por furto e roubo. Ele ingressou para o PCC pouco depois de entrar no presídio. Aos 19 anos, já era um integrante ativo da maior facção criminosa da América do Sul e participava de ações violentas dentro do sistema carcerário.

O prisioneiro ganhou o apelido após tatuar no corpo “Lúcifer meu protetor”. Ele ainda tem tatuagens de outras imagens como tridentes, demônios, caveiras e a suástica, símbolo nazista.

Quando rompeu com o PCC, em 2013, Lúcifer iniciou uma onda de terror. Conforme a desembargadora Ivana David, o criminoso passou a ver o PCC como um inimigo a ser exterminado. A criação de uma nova facção era voltada para a eliminação, com requintes de crueldade, dos integrantes do seu antigo grupo e de outras facções rivais.

Vista externa de um presídio em São Paulo

Lúcifer é visto como uma das figuras mais temidas do sistema carcerário no Brasil – Foto: Reprodução/TCESP/ND

O nome Cerol Fininho faz referência à prática de usar linhas cortantes, misturadas com vidro e cola, para executar os oponentes. Em fevereiro de 2015, na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, guardas prisionais encontraram os corpos mutilados de dois inimigos do grupo.

A facção deixou os corpos em um estado macabro: com o abdômen aberto, vísceras arrancadas e cabeças decepadas. Após a execução, como em outros casos de assassinatos feitos pelo criminoso, Lúcifer escreveu “Cerol Fininho” nas celas usando o sangue das vítimas.

Hoje, Lúcifer acumula 217 anos e três meses de prisão. A longa condenação foi por crimes praticados dentro da prisão, como os assassinatos e danos ao patrimônio. O criminoso é transferido de unidade para unidade prisional frequentemente, em uma tentativa de conter a sua violência.

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