Suspensão do Twitter: Zanin vota com Moraes e 1ª turma do STF forma maioria para manter decisão

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal tem maioria para a suspensão do X (antigo twitter) em todo território nacional. Com placar de 3 a 0, os ministros devem manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão da rede social no Brasil.

Com voto de Zanin, STF forma maioria para manter suspensão do Twitter no Brasil

Com voto de Zanin, STF forma maioria para manter suspensão do Twitter no Brasil – Foto: Fellipe Sampaio/ STF/ Reprodução/ ND

O julgamento acontece no plenário virtual, sistema eletrônico de votações do Supremo Tribunal Federal. Na modalidade, os ministros submetem os votos na plataforma e não há debate. A votação encerra às 23h59 desta segunda-feira (2).

Placar para manter suspensão do Twitter está em 3 a 0

Além de Zanin, o ministro Flávio Dino também acompanhou o voto de Alexandre de Moraes, que é o presidente da Turma, para manter a suspensão do Twitter. Ainda estão pendentes, os votos de Luiz Fux e Cármen Lúcia, que também compõem a primeira turma.

No voto, Moraes afirmou que o Marco Civil da Internet prevê a responsabilização civil do provedor de aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros e apontado como infringente.

Suspensão do Twitter no Brasil aconteceu depois que empresa fechou escritório e não indicou representante no país

Rede social ‘X’, antigo Twitter, foi suspenso no Brasil depois que empresa fechou escritório e não indicou representante no país – Foto: Getty Images/Reprodução ND

Queda de braço entre ministro do STF e Elon Musk

O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do Twitter no Brasil depois de uma série de descumprimentos de ordens judiciais pelo dono da rede social, o bilionário Elon Musk.

Desde a investigação, que ficou conhecida como milícias digitais, o magistrado determina bloqueios de contas em redes sociais de personalidades conhecidas por liderar grupos políticos que, no entendimento do ministro, propagam discursos de ódio e de ameaça à democracia.

Musk sempre se posicionou contra a suspensão de perfis na sua rede social por entender que isso configura censura. Em abril deste ano, ele chegou a prometer que iria liberar contas que estavam fora do ar.

A partir daí, o bilionário passou a travar um embate com o ministro do STF, que decidiu incluir o empresário no inquérito sobre as milícias digitais, além da abertura de investigação para apurar eventual prática de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.