‘Pai de santo’ é preso por abusar de fiéis em SC; 9 vítimas denunciaram crimes

Um suposto líder religioso, acusado de abusar sexualmente de fiéis que buscavam auxílio espiritual, foi preso nesta segunda-feira (29), em Criciúma, no Sul do Estado. Segundo a Polícia Civil, ele se apresentou espontaneamente, na presença do advogado.

Suposto pai de santo se entregou voluntariamente

A investigação foi feita de forma sigilosa e as vítimas deram detalhes dos abusos sexuais cometidos pelo ‘pai de santo’ – Foto: PCSC/Divulgação/ND

Ainda conforme informações da polícia, nove vítimas foram até a Delegacia de Proteção à Criança, Mulher e Idoso após verem notícias relacionadas aos delitos cometidos pelo homem.

A investigação foi feita de forma sigilosa e as pessoas deram detalhes dos abusos sexuais que aconteceram nos últimos anos.

Como o ‘pai de santo’ agia?

O preso, de 43 anos, é acusado por diversos delitos de violação sexual mediante fraude, estupro, perseguição e ameaça. Segundo a Polícia Civil, os atos libidinosos e de conjunção carnal eram feitos mediante fraude, o que dificultava a livre manifestação e a vontade das vítimas.

Foi apurado, também, que suspeito se intitulava como conselheiro espiritual do terreiro, um pai de santo, para realizar os atos sexuais. Ele intimidava as vítimas, alegando que, caso as práticas fossem divulgadas, elas sofreriam prejuízos na saúde por meio de eventuais “trabalhos espirituais”.

Alguns abusos, ainda, aconteciam em momentos em que o suposto líder banhava as vítimas. Outros estupros eram cometidos mediante fraude, durante orientações espirituais, realizados em uma sala fechada no terreiro.

Homem permanece preso

Ele permanecerá preso preventivamente e será encaminhado ao presídio Santa Augusta, também em Criciúma. Na unidade, o homem irá aguardar a formalização da denúncia criminal pelo Ministério Público, com relação aos crimes identificados.

Uma ordem judicial da 1ª Vara Criminal de Criciúma determinou que os órgãos municipais suspendam as atividades do terreiro, localizado no terreno da casa do investigado, no bairro Vila São João.

Por fim, a polícia destacou que caso existam outras vítimas, elas podem comparecer à Delegacia de Proteção à Criança, Mulher e Idoso para depor em sigilo. As denúncias serão incluídas no processo criminal para responsabilizar o autor por novos atos delitivos.

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