Blogueiras que aplicavam bronzeamento são presas após “torrarem” pele de clientes

Foto: Reprodução/Metropoles

Na última sexta-feira (11/4), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou a Operação Bronze Mortal, que resultou na prisão de quatro pessoas, incluindo duas blogueiras, por oferecerem sessões de bronzeamento artificial com equipamentos irregulares e produtos de risco à saúde. As detenções ocorreram após denúncias de clientes que sofreram queimaduras graves e relatos de possíveis danos à pele, como câncer e envelhecimento precoce.

Entre os presos estão Flávia Ramos e Thaynara “Bronze”, além de um marceneiro e um empresário. As influenciadoras, que tinham milhares de seguidores no Instagram, promoviam os serviços em suas redes sociais, mas os perfis foram deletados após as prisões.

Riscos à saúde e irregularidades

De acordo com a PCGO, as câmaras de bronzeamento utilizadas pelo grupo emitiam radiação ultravioleta (UV) em níveis perigosos, contrariando a Resolução Anvisa nº 1.260/2025, que proíbe o uso de lâmpadas fluorescentes de alta potência nesses procedimentos. A legislação foi criada devido a evidências científicas que associam o bronzeamento artificial ao aumento do risco de câncer de pele, envelhecimento precoce e danos oculares.

A Vigilância Sanitária de Goiânia participou da operação e constatou que o estabelecimento não possuía as condições adequadas para a prática do bronzeamento artificial.

Crimes imputados

Os detidos foram autuados pelos seguintes crimes:

  • Art. 7º, incisos VII e IX, da Lei nº 8.137/1990 (crimes contra a ordem tributária e econômica);
  • Art. 65 do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) (oferta de produto ou serviço que sabe ou deveria saber ser nocivo à saúde);
  • Art. 132 do Código Penal (expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente).

A operação teve como objetivo coibir a prática ilegal de bronzeamento artificial no estado e alertar a população sobre os riscos associados a procedimentos estéticos realizados sem regulamentação.

Próximos passos

Os investigados foram levados para a Central Geral de Flagrantes e devem responder judicialmente pelos crimes. A PCGO informou que continuará fiscalizando estabelecimentos suspeitos de oferecer serviços sem autorização sanitária.

Com informações de Metrópoles

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