Pai de bebê torturado em SC relembra promessa cruel de padrasto – Foto: Arquivo pessoal/ND
“Ele mandou mensagem falando que ia cuidar dele bem, disse que ia ser melhor pai que eu fui para ele e depois disso me bloquearam, sumiram”, relatou Yorrane Ferreira da Silva, pai do bebê torturado que morreu no último domingo (27) em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina.
O caso de José Pietro de Souza Ferreira, um menino de 1 ano e 4 meses, chocou o estado. A mãe de 21 anos foi presa e o padrasto de 17 anos, principal suspeito de torturar e abusar da criança, foi apreendido.
A Polícia Militar foi acionada pela equipe médica que atendia o bebê no Hospital Pequeno Anjo. Segundo as denúncias, a criança teria sido espancada, estuprada e torturada dentro de casa.
José morreu após a prisão dos responsáveis. Ela apresentava várias lesões pelo corpo, rompimento do fígado e distensão abdominal, provavelmente causados por chutes. Há ainda a suspeita de violência sexual, devido a fissuras anais e sangramento identificado durante o atendimento médico.
Bebê torturado em SC tinha apenas 1 ano e 4 meses – Foto: Arquivo NDTV RECORD
Pai de bebê torturado conta que mãe e padrasto buscaram criança para o feriado e depois sumiram
A NDTV RECORD conversou com o pai da criança, que contou que na última quinta-feira (17) a mãe e o padrasto de José Pietro teriam ido até a casa dele buscar o bebê para passar o fim de semana, dizendo que iriam trazê-lo de volta no domingo de Páscoa, mas não foi isso que aconteceu.
No momento em que a criança foi levada, Yorrane não estava em casa, ele recebeu a notícia de seu pai, avô de José, no dia seguinte.
“Quando eu soube da notícia, que meu pai tinha me dado, que tinha levado ele, eu fui mandar mensagem para ela ter cuidado com meu filho, que era a primeira vez que ele tinha ido para lá ficar com o padrasto”, conta.
José Pietro de Souza Ferreira, bebê torturado, com o pai, Yorrane Ferreira da Silva – Foto: Divulgação/ND
Segundo Yorrane, a mãe do bebê não teria o costume de vê-lo com frequência. Além dela, ele também contatou o padrasto de 17 anos, que teria o respondido com uma promessa cruel.
“Ele mandou mensagem falando que ia cuidar dele bem, disse que ia ser melhor pai que eu fui para ele e depois disso me bloquearam, sumiram”, relatou o pai de José Pietro.
Polícia Civil e Conselho Tutelar investigam caso de bebê torturado em SC
A Polícia Civil de Balneário Piçarras está investigando o caso como crime de tortura. No momento, o órgão aguarda os laudos da perícia e exames feitos no menino, que são necessários para seguir com o inquérito.
Além disso, a reportagem da NDTV RECORD conversou com o Conselho Tutelar sobre o caso. O conselheiro tutelar Andy William afirmou que é um dos casos mais chocantes que atendeu na profissão até agora.
Polícia Civil investiga caso de bebê torturado em SC – Foto: Arquivo/Bruno Golembiewski/ND
William explica que a mãe teria dito que o bebê havia apenas caído do berço que não era nada. Ele menciona que a gravidade real foi descoberta “durante a cirurgia foi tudo descoberto né a perfuração do fígado, toda a situação ali da fissura que tinha também nas partes da criança”.
O conselheiro tutelar acrescenta que teria coisas ainda mais pesadas e que não valeria a pena comentar para não constranger as pessoas em casa. Andy termina destacando a importância da denúncia nesses casos.
*Com informações da repórter Juliana Senne.
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Denuncie a violência contra crianças e adolescentes Todo caso de violência física, psicológica, sexual ou negligência contra menores de idade deve ser denunciado. Em Santa Catarina, você pode entrar em contato com a delegacia especializada mais próxima. O canal Disque 100 também funciona 24 horas, inclusive nos finais de semana e feriados, com garantia de anonimato. Também é possível registrar a ocorrência no Conselho Tutelar ou pela Delegacia de Polícia Virtual por este link Em situações de emergência, ligue 190 para acionar a Polícia Militar.
