Líder do Hamas é morto e conflito contra Israel se intensifica; Irã promete vingança

A morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, comunicada pela Guarda Revolucionária do Irã nesta quarta-feira (31), deve intensificar o conflito do grupo com Israel, que se arrasta desde outubro de 2023.

Haniyeh, que estava no exílio entre a Turquia e o Catar, viajou para Teerã para assistir, na terça-feira, à cerimônia de posse do novo presidente do Irã, Masud Pezeshkian.

Ismail Haniyeh, líder do Hamas, foi morto no Irã

Ismail Haniyeh, líder do Hamas, foi morto no Irã – Foto: SAID KHATIB/AFP/ND

 

Líder do Hamas foi morto em ataque

Segundo a AFP, a Guarda Revolucionária do Irã informou que o assassinato do líder do Hamas aconteceu durante um ataque contra a residência em que estava Haniyeh e um de seus seguranças.

“A República Islâmica do Irã defenderá sua integridade territorial, sua honra, seu orgulho e sua dignidade, e fará com que os terroristas invasores lamentem sua ação covarde”, escreveu Pezeshkian na rede social X, em uma mensagem na qual chamou Haniyeh de “líder corajoso”.

A força de segurança destacou que a origem do ataque ainda não foi confirmada, mas que está sendo investigada. Segundo a agência de notícias Fars, Hanueyh foi “assassinado por um projétil aéreo”.

O Exército israelense não comenta sobre a morte de Ismail Haniyeh

Potências ao redor do mundo comentaram sobre a morte de Ismail Haniyeh. Turquia, China, Rússia e Catar (que atua como mediador nas negociações para um cessar-fogo em Gaza), condenaram o assassinato e alertaram para o risco de agravamento e propagação do conflito.

O assassinato “pode mergulhar a região no caos e minar as possibilidades de paz”, adverte um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Catar, que abriga a liderança política do grupo palestino.

“Este ataque também pretende ampliar guerra em Gaza a uma dimensão regional”, afirmou a diplomacia turca em um comunicado, que condena o “assassinato desprezível”.

Um membro do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuk, declarou que o “assassinato do líder Ismail Haniyeh é um ato de covardia e não ficará impune”.

O presidente da Autoridade Palestina e em muitos momentos rival do Hamas, Mahmud Abbas, pediu aos palestinos que permaneçam “unidos, mantenham paciência e sigam firmes contra a ocupação israelense”.

Após o anúncio da morte, as várias facções palestinas convocaram uma greve genal e protestos “contra o assassinato do grande líder nacional Ismail Haniyeh, que é parte do terrorismo de Estado sionista e sua guerra de extermínio”.

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