Entenda por que suspeito de planejar ataque a bomba no show de Lady Gaga foi solto

Entenda por que suspeito de planejar ataque a bomba no show de Lady Gaga foi solto

Entenda por que suspeito de planejar ataque a bomba no show de Lady Gaga foi solto – Foto: Fabio Motta/Divulgação

A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu soltar o homem suspeito de planejar ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, que aconteceu no último sábado (3), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada pelo juiz plantonista Jaime Freitas da Silva, após um pedido dos advogados do suspeito.

O juiz justificou a decisão dizendo que o homem não está sendo investigado pela Justiça do Rio de Janeiro como um dos envolvidos diretamente na tentativa de atentado. O nome dele apareceu na investigação porque o suposto mentor do plano teria usado o endereço IP (número que identifica computadores na internet) do suspeito.

”Não está sendo investigado, no momento, pela comarca do Rio de Janeiro/RJ, como um dos envolvidos na suposta tentativa de atentado e seu nome somente veio à tona em face de o número do IP constar no rol dos utilizados pelo mentor da prática delituosa”, diz o juiz Jaime Freitas da Silva.

No domingo passado (4), a PCERJ (Polícia Civil do Rio de Janeiro) e o Ministério da Justiça informaram ter impedido um ataque a bomba que ocorreria no show de Lady Gaga. Na ocasião, a PCERJ afirmou ter prendido o líder do grupo criminoso e autor do plano e um adolescente.

Suspeito de planejar ataque a bomba pode ter sido vítima de clonagem de IP

O juiz mencionou um relatório técnico do Núcleo de Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP-RS) que reforça a hipótese de que o IP do homem preso no RS tenha sido clonado.

O juiz também citou que o homem preso em flagrante foi indiciado por porte irregular de armas de fogo. A pena para esse crime é de 1 a 3 anos de detenção e multa, o que possibilitou a revogação da prisão preventiva.


Suspeito de planejar ataque a bomba foi solto; ação foi articulada por grupos extremistas na internet – Vídeo: Policia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação/ND

Silva acrescentou que, mesmo que a perícia indique que uma das armas tinha a numeração suprimida – o que aumentaria a pena para 3 a 6 anos de reclusão, a revogação da prisão preventiva é válida, pois o homem não tem antecedentes criminais.

”Viável se mostra a revogação da prisão preventiva, posto que não possui antecedentes e, inclusive, considerando a quantidade de pena privativa de liberdade, tem direito a acordo de não persecução penal ou suspensão condicional do processo”, escreveu o juiz sobre o suspeito de planejar ataque a bomba.

Polícia desarticulou ataque à bomba durante show da Lady Gaga – Foto: Policia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação/ND

*Com informações de R7.

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