A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se o agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), José Lourenço, foi morto por um disparo à queima-roupa efetuado por um atirador escondido atrás de uma seteira –abertura em muros reforçados usada por criminosos para atirar com segurança e precisão. Essa tática é comum em áreas dominadas pelo tráfico, especialmente em pontos estratégicos de emboscada contra forças de segurança ou em ataques a facções rivais.
Equipes da Divisão de Homicídios estiveram no local, onde realizaram perícia técnica para coletar evidências que ajudem a esclarecer os detalhes do crime e identificar os responsáveis.
Segundo testemunhas, não havia confronto no momento em que o policial foi atingido. Ele participava de uma operação na Cidade de Deus voltada ao cumprimento de mandados contra fábricas de gelo irregulares quando foi baleado na cabeça. José Lourenço chegou a ser socorrido e levado com urgência ao Hospital Municipal Lourenço Jorge. Submetido a uma cirurgia, não resistiu aos ferimentos. O falecimento foi confirmado por meio de uma nota de pesar divulgada pela corporação.
Outra linha de investigação que pode contribuir para a elucidação do caso envolve a presença de Ygor Freitas de Andrade, o “Matuê”, na comunidade. Apontado como integrante do tráfico da Chacrinha, na Praça Seca, ligado à facção Comando Vermelho (CV), Matuê faz parte da quadrilha liderada por Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o “BMW”, suspeita de envolvimento em diversos homicídios, incluindo o ataque aos médicos assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca, em outubro de 2023.

Foragido desde 2019, quando não retornou de um indulto, Matuê é procurado por dois mandados de prisão –por homicídio e roubo. Segundo o site Procurados, ele acumula diversas anotações criminais e duas evasões do sistema prisional. O portal também divulgou um cartaz oferecendo recompensa de R$ 5 mil por informações sobre o assassinato do policial.
Em nota oficial, a Polícia Civil informou que as investigações seguem em curso. Agentes realizam diligências e analisam dados de inteligência para localizar e responsabilizar os envolvidos.
Sob forte comoção, familiares, amigos e colegas de farda prestam nesta terça-feira (20) as últimas homenagens ao agente José Lourenço. O velório ocorre desde o início da tarde no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, onde o corpo será sepultado.
-
1 de 10Diligência realizada em um dos endereços alvos da operação deflagrada pela Delegacia do Consumidor (Decon), na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
2 de 10A ação desta hoje pretende fiscalizar a produção e venda de gelo nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
3 de 10Denúncias e laudos que apontaram a presença de coliformes fecais no gelo oferecido aos consumidores. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
-
4 de 10Uma operação conjunta detectou a contaminação por meio de análises realizadas pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), o que motivou o aprofundamento das investigações. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
5 de 10As diligências visam identificar os responsáveis por esse ataque covarde e estão em andamento. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
6 de 10A polícia cumpre mandados de busca e apreensão em estabelecimentos ligados à fabricação e distribuição de gelo. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
-
7 de 10A Sepol se solidarizou com os familiares, amigos e colegas neste momento de luto, também vivido por cada um da instituição. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
8 de 10Os agentes apuraram possíveis irregularidades no consumo de energia elétrica e crimes ambientais e contra o consumidor. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
9 de 10O policial José Antônio Lourenço foi socorrido por colegas de farda e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, após ser baleado, mas não resistiu. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
-
10 de 10Os agentes também verificam a qualidade da água utilizada na produção. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
Este conteúdo foi originalmente publicado em Tiro que matou policial da tropa de elite pode ter saído de buraco em muro no site CNN Brasil.