Agressão a drag queen em avenida de Balneário Camboriú repercute e provoca investigação

Polícia Civil abriu inquérito para identificar autores

Agressão ocorreu no domingo, na imagem, drag queen está caída enquanto é agredida pelos homens (Foto: Felipe Costa, Reprodução)

A Polícia Civil investiga um caso de agressão a uma drag queen em Balneário Camboriú que repercutiu nas redes sociais nos últimos dias. Imagens mostram a artista levando socos e chutes de um grupo de homens na Avenida Atlântica, após a Marcha pela Diversidade promovida no domingo (5).

O vídeo que circula pela internet exibe o momento em que a vítima, de 36 anos, leva um chute, cai no chão, e continua sendo agredida pelos envolvidos diante de outras pessoas, em uma das avenidas mais movimentadas do município. Testemunhas que estavam no local intervieram e impediram que as agressões continuassem.

A Polícia Militar, acionada para a ocorrência por volta das 19h, informou que os agressores não estavam mais no local quando a equipe chegou. Também não foi possível identificá-los com as informações obtidas no momento.

De acordo com o delegado Artur Nitz, a vítima reside em Curitiba (PR) e será ouvida na tarde desta quarta-feira (8), através do sistema audiovisual da Polícia Civil. Diligências no local dos fatos buscam identificar os autores do crime, que seriam quatro, conforme a investigação.

A Associação das Famílias de Pessoas LGBTQIAPN+, – AFAM Diversa e demais entidades organizadoras do evento classificaram o ato, em nota, como uma “clara demonstração de homofobia, direcionada a todos os participantes desse evento”.

O texto também destaca que a organização está em contato com a vítima, “oferecendo todo o apoio necessário, tanto no âmbito médico quanto jurídico, com o intuito de proporcionar uma recuperação adequada e o acesso à justiça”.

“Este triste episódio reforça a necessidade contínua de manifestações como a Marcha pela Diversidade, que têm como propósito combater o preconceito e a homofobia, promovendo a inclusão e a aceitação de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou expressão. A luta contra a discriminação é constante e essencial para evitar que casos como este ocorram”, disse ainda a nota.

Em nota, a Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB/SC) informou que “acompanhará os desdobramentos e a apuração dos fatos junto às autoridades de segurança, as quais tomarão as medidas apropriadas para identificar e responsabilizar os agressores”.

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