Chefe da PM se diz tranquilo com apuração sobre suposta interferência no Caso Surrão

O comandante-geral da Polícia Militar de Roraima (PMRR), coronel Miramilton Goiano de Souza, disse receber com “serenidade” a notícia da abertura do inquérito policial para investigar sua suposta interferência na apuração do assassinato dos agricultores goianos Jânio Bonfim de Souza, 57, e Flavia Guilarducci, 50, ocorrido em abril, na vicinal do Surrão, no Município de Cantá, Norte de Roraima.

Em nota, o oficial afirmou que esta “será uma oportunidade para que a verdade dos fatos seja apurada” e voltar a negar as acusações feitas em um depoimento à Polícia Civil pelo capitão da PM, Helton Jhon da Silva de Souza, 48, preso pela suspeita de participar do duplo homicídio.

Sobre o capitão ter dito que o comandante-geral teria lhe orientado a se desfazer do celular, Miramilton afirmou que as falas “são baseadas em suposições sem qualquer lastro na realidade e não possuem qualquer fundamento”. O coronel também endossou a declaração do delegado que chefia a apuração, João Evangelista, de que não houve interferência de autoridades no Caso Surrão.

Também negou ter recebido ligação de Helton Jhon no dia do crime, reiterou que não prestou qualquer informação, auxílio ou orientação para o suspeito se livrar do telefone. Ele voltou a afirmar que a ligação recebida ocorreu dias após o assassinato, mas que “em nenhum momento da conversa o acusado confessou qualquer participação ou cometimento de crime”.

“Após a divulgação do áudio e a suspeita de envolvimento de um militar estadual no episódio, a orientação institucional sempre foi para que o acusado se apresentasse e expusesse sua versão às autoridades policiais, seguindo os canais institucionais apropriados de contato”, finalizou.

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