Pablo Marçal e PCC: quais os indícios do candidato com a facção

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo, ganhou destaque na última semana após assumir a liderança dos números na disputa pelo cargo em meio ao vazamento de um áudio de Leonardo Avalanche, presidente do partido de Marçal, reconhecendo ter ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Pablo Marçal em plano detalhe mostrando apenas a região do rosto. Homem branco de barba e bigode, usa boné azul-escuro de perfil. Ele tem olhos castanhos claros

Pablo Marçal não falou sobre situação do presidente do partido por ser assunto “particular” – Foto: Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo

Pablo Marçal e os indícios de relação com o PCC

No início deste mês, um áudio revelado pela Folha de S.Paulo mostrou Avalanche contando sobre a ligação e também sobre ser o responsável pela soltura de André do Rap, apontado pela polícia como chefe do tráfico internacional de drogas no PCC.

“Eu sou o cara que soltou o André [do Rap]. A turma não sei se vai te contar isso. Esse é o meu trabalho, entendeu? A próxima, agora, a gente vai botar um lugar acima dele. Esse é o meu dia a dia […] Eu faço um trabalho bem discreto”, afirmou o presidente da legenda de Pablo Marçal (PRTB) na gravação.

Durante uma visita ao Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), na terça-feira (27), Marçal não quis dar detalhes sobre o caso de Avalanche e disse apenas que o assunto era “particular”, conforme publicado pelo O Globo.

Homem branco usando camisa social branca e por cima paletó azul-escuro, enquanto segura na mão direita uma carteira de trabalho. Ele usa boné também na cor azul-escuro com a letra M bordada

Candidato já discutiu com oponentes durante debates neste mês – Foto: X/Reprodução/ND

Maiquel Santos de Assis, outro nome ligado ao PRTB e que participou da convenção do partido ao lado de Marçal neste ano, tem diversas passagens pelo sistema prisional e já chegou a ser condenado por extorsão mediante sequestro.

Anteriormente, em entrevista à imprensa, Pablo Marçal já tinha afirmado ser amigo do empresário Renato Cariani, que responde por acusação de participação em um esquema que desviava produtos químicos para fabricar cocaína e crack. A principal suspeita da PF (Polícia Federal) é de que as substâncias eram utilizadas para abastecer a rede do PCC.

A Justiça Federal de Goiás condenou Marçal em 2010 a quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de furto qualificado, no entanto, como a pena prescreveu a sentença não foi aplicada.

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