Criança ganha alta dez dias após atropelamento em Joinville e motorista segue preso

A vida de Letícia Moreira de Castilho, de 25 anos, virou de cabeça para baixo no dia 18 de agosto. A oficial de serviços gerais estava no portão de casa, em Joinville, no Norte de Santa Catarina, quando um carro perdeu o controle, atingindo ela e a filha, além de sua amiga com uma bebê. Todas ficaram feridas e as dificuldades seguem dez dias após o acidente.

Quatro pessoas foram atropeladas pelo carro em Joinville – Foto: Divulgação/ND

Letícia conta que, após almoçar na casa da mãe naquele domingo, voltou para a sua residência, no bairro Paranaguamirim, zona Sul de Joinville. Por volta das 15h, foi ao portão de casa para entregar um medicamento a uma amiga e, de repente, percebeu o veículo descontrolado. “O carro veio fazendo zigue-zague na rua, aí peguei minha filha e dei um passo para trás”, relembra.

Apesar dos esforços para tentar se proteger, o veículo atingiu Letícia, a filha dela, de quatro anos, a amiga que estava no portão e a bebê da amiga, de cinco meses. “Ele veio nas minhas pernas, atropelou minha amiga e a menina dela. Eu caí por cima do muro e derrubei minha menina no chão. Ela ficou presa entre o carro e o muro”, conta.

Seis viaturas dos Bombeiros Voluntários, além da ambulância do Samu e guarnições da Polícia Militar, estiveram no local. Todas as vítimas foram levadas ao hospital e a filha de Letícia teve alta apenas nesta quarta-feira (28), dez dias após o atropelamento.

“Eu quebrei as duas pernas e a minha filha quebrou a perna em dois lugares. A filha da minha amiga teve um coágulo na cabeça, que foi revertido, e ela quebrou a perna”, diz Letícia.

A filha de Letícia, de 4 anos, teve alta dez dias após o atropelamento – Foto: Letícia Moreira de Castilho/Arquivo pessoal

Vítimas fazem vaquinha para arcar com custos do tratamento

Letícia conta que ela e a filha estão morando com o irmão e a cunhada. “Nós não podemos andar, ir ao banheiro, tomar banho, nada. Não fazemos nada sozinhas”, fala. Além da filha de quatro anos, ela também é mãe um menino mais velho, de cinco.

Para arcar com os custos de medicamentos, transporte para as unidades de saúde e tratamento, além de despesas da casa, Letícia iniciou uma vaquinha. As doações de qualquer valor podem ser feitas via pix, pela chave 47997374160, em nome de Letícia.

Motorista segue detido após o atropelamento

O motorista que atropelou as quatro vítimas teve a prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário e segue detido. Segundo a Polícia Civil, o exame clínico realizado pelo médico legista após o atropelamento não apontou sinais de alteração da capacidade psicomotora do homem.

Por isso, a prisão em flagrante não teve autuação por embriaguez, mas por “participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada”.

Além disso, o homem não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

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