Avaí é o segundo time com maior número de grandes chances perdidas na Série B

Ainda que a evolução do Avaí com Enderson Moreira no comando seja notória, há um ponto que o treinador azurra luta para corrigir: a pontaria do time. Na derrota para o Coritiba a situação voltou a ficar evidente, uma vez que a equipe produziu ao menos quatro ótima oportunidades em um jogo muito equilibrado no Couto Pereira, mas não marcou.

Enderson Moreira durante jogo do Avaí

Enderson tenta corrigir a “pontaria” dos atacantes no Avaí – Foto: Léo Piva/Avaí F.C/ND

Vagner Love, Garcez e o próprio Giovanni, o maior ponto de lucidez do meio-campo azurra, desperdiçaram chances claríssimas no Paraná.

Traduzindo a situação em números, o Leão da Ilha é a segunda equipe, ao lado de Coritiba e Vila Nova, que mais desperdiçou chances claras de gols na Série B do Brasileirão até aqui: foram 18. Apenas o Paysandu está à frente, com 19 chance perdidas. Os dados são do Sofascore.

Questionado sobre o tema após a partida em Curitiba (PR), Enderson Moreira preferiu ver o copo “meio cheio”. Na opinião do técnico é necessário um “ajuste fino” para que a bola comece a entrar.

“A construção ofensiva da equipe, mesmo com a derrota, te dá um alento. Se a gente estiver em um dia mais inspirado, vamos vencer o jogo. Uma equipe que constrói tanto precisa transformar essas oportunidades em gols. Precisamos acertar alguns detalhes e coisas que precisam melhorar”, opina o técnico.

“A partir do jogo contra o Santos tivemos uma melhora na produção ofensiva, contra o Paysandu criamos muito, hoje novamente. É momento, daqui a pouco a gente começa a criar e as coisas vão acontecer. A decisão é um momento, uma definição mais rápida, uma bola parada. Acho que ainda tomamos algumas decisões equivocadas, quando era para dar uma passe, finalizamos, quando era para finalizar demos o passe. Essas escolham pesam. É um ajuste fino que pode fazer toda a diferença. Nós estamos próximos e perto disso, mas ainda falta”, completa.

Problema recorrente do Avaí

A má pontaria da equipe é um problema recorrente desde os tempos, não tão distantes, de Gilmar Dal Pozzo. Especialmente nas partidas contra Mirassol, 0 a 0 em São Paulo, e na derrota para a Ponte Preta (0 a 1), que acabou derrubando o então treinador, o Avaí abusou do desperdício.

Pegando o recorte mais recente, já com Enderson, até mesmo as vitórias contra Santos e Paysandu, ambas por 1 a 0, deixaram a sensação de que a equipe azurra poderia ter consolidado uma vitória mais “tranquila” diante do volume daz produção de chances.

Vagner Love perdeu boa oportunidade em Curitiba (PR) – Léo Piva/Avaí F.C/ND

Atualmente, o ataque do Leão da Ilha é apenas o 17º mais positivo da Segundona, foram 18 gols marcados até aqui. Apenas Operário-PR (17), Brusque (16) e Chapecoense (15) balançaram menos as redes, com o adendo de que a dupla catarinense está na zona de rebaixamento.

Ponto positivo

Se tem uma situação que fica como positiva da partida em Curitiba foi a estratégia utilizada por Enderson Moreira para dificultar a saída de bola da equipe rival. Especialmente no primeiro tempo, o Avaí foi muito efetivo ao conseguir recuperar a bola já próximo da área adversária. Dessa forma, inclusive, criou suas principais chances de gol.

Vagner Love e Giovanni não faziam uma pressão tão alta nos zagueiros, mas sim, junto com os quatro jogadores que fechavam a linha de meio-campo (Garcez, Zé Ricardo, Willian Maranhão e Gabriel Barros), fechavam as linhas de passe pelo corredor central.

Com isso, a equipe paranaense por vezes era obrigada a precipitar passes, prontamente interceptados pelos jogadores do Leão, ou mesmo construir apenas pelos lados.

Diante de um contexto competitivo de nível mais alto, como foi o jogo contra um adversário direto na luta pelo acesso, fica como algo a se comemorar.

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