Sofrência no divã: entenda como Marília Mendonça usou ideais da psicanálise para o sucesso

Marília Mendonça foi uma cantora que popularizou o sertanejo de sofrência no Brasil. Suas músicas, conselhos e atitudes a fizeram eterna no cenário musical e no coração de milhares de brasileiros. Pensando na complexidade de suas letras, conhecidas por gerar uma alta identificação com os ouvintes, é possível encontrar similaridades com a psicologia e a psicanálise.

Marília Mendonça foi tema do 12° episódio do podcast A Coisa + Aleatória- Foto: Divulgacão/Observatório dos Famosos/ND

“Sofrência no divã” foi o tema do 12° episódio do podcast A Coisa + Aleatória. Em um papo descontraído, Marta Gomes e Bianka Garcia analisaram a fundo algumas letras da cantora que abordam o tema sofrência e trouxeram a visão de quem trabalha diretamente no consultório tratando do assunto.

Para as apresentadoras, as músicas de Marília contém personagens tão diversos quanto os pacientes da clínica, e ambos parecem dispostos a fazer algo com a chamada “sofrência”. A catarse na tragédia, a dor de um coração despedaçado.

Marília Mendonça daria uma boa psicanalista?

De acordo com Marta, “ela [Marília Mendonça] foi um ícone imortal do feminejo porque escolheu cantar o mais íntimo de nós: a experiência do sofrimento e as contradições humanas, especialmente no amor. Interpretando a própria dor, ela arrastou multidões que se identificam com as histórias de amores frustrados – desde o fã de uma paixão louca até a tragédia de ser traída ou de ter um amor não correspondido, passando por tantos outros contratempos das relações”, disse Marta.

De clássicos como “Infiel” até músicas mais descontraídas como “Motel Afrodite”, as apresentadoras analisaram 17 obras da cantora no total, sendo elas: “De Quem É A Culpa?”, “Preocupa Não”, “Infiel”, Ciumeira, “Deprê”, “Todo Mundo Vai Sofrer”, “Supera”, “Troca De Calçada”, “Amante Não Tem Lar”, “Bebi Liguei”, “Eu Sei de Cor”, “Graveto”, “Estranho”, “Alô, Porteiro”, “Fã Clube”, “Hackearam-Me” e Motel Afrodite.

“Acho que a música, assim como todos os tipos de expressão de arte, tem um efeito catártico na gente, que através da identificação com aquele conteúdo nos permite sentir aquele sentimento ao máximo. Isso acontece com quadros e filmes, mas a música tem algo especial que é a palavra, elemento essencial para a psicanálise, e a Marília tem uma habilidade incrível de traduzir emoções em palavras, se tem alguém que sabe nomear sentimentos é a Marília Mendonça”, comentou Bianka.

Confira o podcast A Coisa + Aleatória

O podcast do Grupo ND traz a apresentadora do SC no Ar, Marta Gomes, e a professora de psicologia e psicanalista Bianka Any Garcia para tratar de assuntos sobre psicologia e psicanálise. Com convidados diversos e clima descontraído, o programa vai ao ar a cada 15 dias e está disponível no Spotify e no ND Play.

A produção do podcast A Coisa + Aleatória é realizada pelo Núcleo de Projetos Multimídia do Grupo ND, que trabalha com inovação e criação de novos produtos em jornalismo.

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