Casal é preso por vender veneno altamente perigoso como se fosse pesticida orgânico em SC

Um casal foi preso na manhã desta sexta-feira (30) em Joinville, no Norte de Santa Catarina, por comercializar, ilegalmente, um agrotóxico altamente perigoso como se fosse pesticida orgânico. A dupla mantinha um laboratório clandestino em casa, que foi fechado pela polícia.

Veneno é perigoso e pode causar sérios danos à saúde

Produto altamente perigoso era vendido como pesticida orgânico – Foto: Felipe Bambace/Reprodução/ND

O laboratório fica no bairro Jardim Paraíso, e o casal vendia o veneno para agropecuárias e outros comércios, além de comercializar para os próprios vizinhos. Um dos principais usos do produto era como repelente de moscas, inclusive em estabelecimentos que manipulam alimentos.

Uma operação mobilizou a Polícia Civil, Vigilância Sanitária e técnicos da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), que foram até o laboratório clandestino e encontraram os produtos que eram comercializados. O casal foi preso em flagrante.

Laboratório clandestino foi fechado – Foto: Felipe Bambace/Reprodução/ND

“Se tratam de produtos inseticidas, altamente periculosos, que oferecem risco à saúde humana. Oferece risco justamente por ter uma alta concentração de carbamatos, inseticidas e outros produtos químicos que podem estar presentes nestes produtos batizados”, explica o engenheiro agrônomo da Cidasc, Márcio Cardoso.

Veneno tem componente do chumbinho

Um dos principais componentes do veneno comercializado, o carbamato é muito utilizado em venenos conhecidos popularmente como chumbinho, segundo Cardoso. Para venenos como este, não há antídoto, apenas tratamento, e a avaliação médica é dificultada. Além disso, apenas fabricante autorizado por lei tem permissão para manipular estes venenos.

Casal foi preso em flagrante em Joinville – Foto: Felipe Bambace/Reprodução/ND

Ainda conforme Márcio Cardoso, a estratégia de comercialização do agrotóxico buscava dificultar a fiscalização dos órgãos competentes. “Há poucos indícios de local de fabricação, não possui endereço e nem é vendido por meio de notas fiscais, o que já é um indício de irregularidade”, explica.

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