Necrotério e defeito no carro: a manhã da família que perdeu casa em incêndio em Florianópolis

A família que perdeu tudo que tinha em um incêndio em Canasvieiras, em Florianópolis, teve uma manhã difícil por mais de um motivo na quarta-feira (28). Higor da Silva Santos conta que estava no necrotério quando descobriu que o apartamento onde mora com a esposa e o filho estava pegando fogo.

Entre a madrugada e o início da manhã, Higor e a esposa tinham saído para ajudar a cunhada, que havia perdido um familiar e precisava de auxílio com os processos funerários.

O filho de 11 anos, que dormia em um quarto com o aquecedor, foi deixado sob a supervisão da avó, que mora no apartamento de baixo.

Higor fala que quando estavam no necrotério foram avisados que o apartamento onde moravam estava pegando fogo.

“A gente recebeu a ligação de amigos e parentes dizendo que aconteceu uma desgraça, que a casa tinha pego fogo. A gente voltou desesperado porque o meu filho estava na casa”, lembra.

No entanto, na volta do necrotério, há meio quilômetro de casa, o carro deu problema.

“Eu larguei o carro na rua e a gente foi correndo. Quando chegou lá, graças a Deus meu filho estava bem, mas a casa não tinha sobrado nada”, lembra.

Fogo que destruiu casa da família começou no aquecedor

Conforme relato de moradores do entorno, as chamas começaram um pouco antes das 7h.

“Um vizinho começou a gritar fogo, fogo. O cachorro estava dentro da casa, mas conseguiram parece que alguém conseguiu tirar”, contou Matheus Souza, que vive no bairro, à reportagem.

Foi Matheus quem chamou o Corpo de Bombeiros. “Chegaram em menos de 10 minutos e, em menos de 15, já estava tudo controlado”, afirmou.

Higor conta que o fogo começou no aquecedor que estava no quarto onde o filho dormia.

“Quando ele sentiu o calor ele correu de dentro de casa e graças a Deus conseguiu salvar.”

Nem a criança e nem a sogra se feriram. Segundo os bombeiros, os apartamentos do prédio também não foram danificados pelo fogo. Agora, a família trabalha para recomeçar.

“Foi muito recente, ainda tá faltando o fôlego para poder recomeçar. Foi tudo, roupa, documentação da casa, os nossos documentos. Está complicado, a gente tá começando a correr atrás para resolver tudo isso”, fala Higor, que trabalha como zelador.