Bloqueio do X: saiba como a comunicação da Arteris e Corpo de Bombeiros de SC é afetada

O bloqueio do X, antigo Twitter, afetou uma das principais fontes de informação dos internautas brasileiros. Com isso, a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, anunciada na última sexta-feira (30), também afetou os serviços de comunicação do Corpo de Bombeiros de SC e da Arteris, companhia de concessão de rodovias.

Isso porque as organizações utilizavam a rede social para divulgar diariamente as ocorrências. Com o bloqueio do X, os cidadãos ficaram sem o acesso fácil às informações.

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina informou que as ocorrências continuam sendo encaminhadas por meio do aplicativo CBMSC Cidadão, disponível para Android e IOS.

O aplicativo reúne dados sobre segurança e acessibilidade nas praias catarinenses, atualizações de ocorrências atendidas pelos bombeiros, redirecionamento para as áreas de Segurança Contra Incêndio, notícias e endereços das unidades.

Já a Arteris, responsável pela administração de importantes rodovias do país, atualizava as condições de tráfego 24 horas por dia na rede social, antes do bloqueio do X. Agora, as informações serão repassadas pelo site da companhia.

A empresa agrupa as concessionárias Arteris Litoral Sul, Arteris Planalto Sul, Arteris Régis Bittencourt, Arteris Fluminense e Arteris Fernão Dias, Arteris Intervias e Arteris ViaPaulista, que administram rodovias em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Por que Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio do X no Brasil?

O bloqueio do X entrou em vigor na madrugada de sábado, após determinação do ministro Alexandre de Moraes. A medida foi tomada porque a plataforma não cumpriu a exigência do STF de indicar um representante legal no Brasil até sexta-feira (30).

A rede social, antigamente chamada de Twitter, é propriedade do bilionário sul-africano Elon Musk. Ele é investigado no inquérito 4.957, que analisa supostos atos de obstrução à Justiça, incitação ao crime e organização criminosa.

Elon Musk se recusou a bloquear perfis da plataforma X, conforme as ordens do STF, e a multa imposta pela Justiça brasileira passou de R$ 50 mil para R$ 200 mil. Inconformado, o bilionário não pagou o que devia e não cumpriu as determinações judiciais.

Em resposta, Musk anunciou o encerramento das atividades do escritório no Brasil, o que gerou a intimação do STF divulgada na quarta-feira (28). Ele desobedeceu à ordem de apresentar um novo representante da plataforma no país em 24 horas. Em consequência, Moraes determinou o bloqueio do X na sexta-feira (30).

A suspensão será válida até a rede social cumprir ordens judiciais, pagar multas e indicar um representante legal no Brasil. O ministro Alexandre de Moraes ainda mandou bloquear as contas bancárias da Starlink, outra empresa de Elon Musk, para garantir o pagamento das multas à Justiça brasileira.