Como enfrentar sintomas de doenças respiratórias em clima seco e com fumaça de queimadas

O Brasil enfrentou uma série de problemas de incêndios, com casos em São Paulo, Amazônia e no Centro-Oeste, um transtorno que atingiu milhões de brasileiros. Além da degradação ao meio ambiente, as queimadas prejudicam a saúde e podem ser fatal. Desta forma, é fundamental saber como enfrentar sintomas de doenças respiratórias, reflexos do fogo que queima as matas.

Para se ter uma extensão do alcance do problema, Santa Catarina também teve impacto e ligou o alerta para problemas respiratórios e queimadas na Amazônia e Centro-Oeste. Em Joinville, por exemplo, a atmosfera acinzentada se deu em função da fumaça trazida pelos ventos.

Neste contexto, é importante saber como se prevenir, como enfrentar sintomas de doenças respiratórias e o tratamento para irritação respiratória. A informação é aliada para enfrentar problemas de doenças respiratórias, quadro também enfrentado em função do clima seco.

Como enfrentar sintomas de doenças respiratórias em clima seco e com fumaça de queimadas

Segundo dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil registrou 68.635 focos de queimadas apenas em agosto. A estatística aponta o tamanho do problema. É o pior índice desde 2010, quando o instituto detectou 90.444 focos de incêndio.

Impactos do clima seco e da fumaça das queimadas na saúde respiratória

O clima seco, especialmente se durar um período prolongado, é motivo de alerta. Isso porque ele pode significar um risco à saúde. A baixa umidade do ar, por exemplo, faz com que o corpo perca mais água, o que pode gerar um quadro de desidratação.

O tempo seco também afeta a saúde respiratória por ressecar as vias aéreas. É outro reflexo da umidade baixa. Assim, agrava o quadro de doenças respiratórias, como asma, bronquite e rinite alérgica.

O risco da baixa umidade para o aparelho respiratório se dá porque pode ocorrer um ressecamento das mucosas das vias respiratórias. Tal problema reduz a eficácia do sistema natural do corpo contra partículas nocivas. Assim, abre brechas para possíveis infecções, além de agravar a situação de quem já convive com condições respiratórias. Por isso, é fundamental enfrentar sintomas de doenças respiratórias.

As infecções respiratórias se proliferam neste período de tempo seco porque o organismo perde a capacidade de filtrar e combater agentes patogênicos. Assim, resfriados, gripes e sinusites aparecem com uma incidência maior. É mais um quadro para enfrentar sintomas de doenças respiratórias.

Outro problema é que o ressecamento das mucosas nasais pode chegar ao ponto extremo de provocar rachaduras, o que resulta em sangramento no local. O uso de umidificadores é um aliado, assim como espalhar recipientes com água pela casa, para aumentar a umidade dos ambientes, para combater o clima seco e problemas respiratórios.

Como a fumaça das queimadas agrava os problemas respiratórios?

Produzida a partir da combustão de biomassa natural, a fumaça dos incêndios florestais contém diversos compostos: material particulado, dióxido de carbono, vapor de água, monóxido de carbono, hidrocarbonetos, compostos orgânicos voláteis, óxidos de nitrogênio e metais.

O material particulado, que é o conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que fica suspenso na atmosfera, em função de ter um tamanho pequeno, é a principal ameaça à saúde, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Crianças, idosos, gestantes, pessoas que trabalham ao ar livre e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas crônicas são mais suscetíveis aos efeitos da exposição à fumaça de queimadas. Assim, demandam cuidado maior para enfrentar sintomas de doenças respiratórias.

Sintomas mais comuns de doenças respiratórias em clima seco e exposição à fumaça

Os impactos da poluição do ar na saúde podem resultar problemas sérios, como por exemplo, a exacerbação de doenças cardiovasculares. Os sintomas de doenças respiratórias em clima seco são variados e se avolumam com as fumaças de incêndios.

Irritação na garganta e nos olhos, tosse seca e dificuldade para respirar são sintomas em comum para os efeitos do clima seco e da exposição à fumaça de incêndios florestais. O quadro de sintomas:

• tosse seca
• irritação nos olhos
• irritação nas vias aéreas superiores
• inflamação pulmonar
• exacerbação de asma e de doença pulmonar obstrutiva crônica
• aumento do risco de infecções respiratórias
• exacerbação de doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias e infarto agudo do miocárdio)

Como o clima seco e a fumaça podem agravar condições crônicas?

O ressecamento das vias áreas, um dos efeitos do clima seco e da fumaça de queimadas e doenças respiratórias, pode provocar crises de asma e exacerbações da bronquite, o que gera um quadro de tosse, falta de ar e desconforto geral. Enfrentar sintomas de doenças respiratórias é uma forma de evitar que o problema se agrave.

Os quadros de asma, bronquite crônica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) tendem a piorar no clima seco. Isso porque as vias respiratórias, cobertas por células que formam as mucosas, ficam mais sensíveis ao ar frio, seco ou com maior concentração de poluentes. Assim, ficam com risco maior de ressecamento e de inflamação neste período de baixa umidade no ar.

Desta forma, quem sofre com essas condições precisa estar mais atento ainda e saber como evitar agravamento de doenças respiratórias.

Medidas preventivas para proteger a saúde respiratória em condições adversas

Como se proteger da poluição do ar e da fumaça das queimadas

Evitar a exposição à fumaça é a primeira medida de prevenção. Assim, uma recomendação importante é se manter em ambientes internos a maior parte do tempo, com portas e janelas fechadas para reduzir a entrada de poluentes. Aparelhos de ar-condicionado com filtro também são aliados por reduzir a entrada de poluentes.

Da mesma forma, os umidificadores também significam uma medida de proteção e ajudam a enfrentar sintomas de doenças respiratórias. Eles representam alívio para irritação nos olhos, nariz e garganta. A estratégia de colocar recipientes com água ou toalhas molhadas nos ambientes também ajuda a aumentar a umidade da casa.

Usar máscaras, preferencialmente do tipo N95/PFF2 ou P100, é outra medida de prevenção para enfrentar sintomas de doenças respiratórias quando se estiver em áreas abertas, especialmente para quem permanecer ao ar livre por um período prolongado. As máscaras protegem contra o material particulado. Outra recomendação é evitar a realização de exercícios físicos, de intensidade moderada à intensa, em ambientes ao ar livre.

Além desses fatores de prevenção  e como enfrentar sintomas de doenças respiratórias, é fundamental seguir os alertas de saúde pública sobre o clima e também sobre o monitoramento do impacto da fumaça das queimadas.

Exercícios respiratórios e técnicas de alívio de sintomas

A fisioterapia respiratória ajuda a enfrentar sintomas de doenças respiratórias. Algumas técnicas também têm caráter preventivo. Os exercícios respiratórios, assim, provocam benefícios como a liberação e higienização das vias aéreas, melhora da ventilação pulmonar e fortalecimento da musculatura envolvida na respiração, entre outros.

O exercício respiratório diafragmático ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse. A técnica consiste em colocar as mãos na região abdominal, fazendo uma leve compressão no local, e realizar uma profunda inspiração, verificando o deslocamento anterior da região abdominal, e a expiração pela boca suavemente. Realizar esse processo dez vezes.

A inspiração fracionada é uma técnica para aumentar o volume de ar que entra nos pulmões. Consiste da seguinte maneira: inspirar por um segundo, segurar por dois segundos, puxar o ar novamente e segurar por mais dois segundos. Depois de completar a inspiração, realizar a expiração de uma só vez. Repetir o exercício de cinco a dez vezes.

Outra possibilidade é a técnica de retenção de ar, indicada para melhoria da saúde respiratória e também para diminuir o estresse. O exercício consiste em: deitado em decúbito dorsal (de barriga para cima), realizar uma inspiração profunda. Com os pulmões cheios de ar, prender a respiração e contar até quatro para realizar a expiração de forma suave. Repetir por cinco vezes e buscar aumentar o tempo em que retém o ar.

Tratamentos e cuidados médicos para doenças respiratórias agravadas pela fumaça

De acordo com o índice de qualidade do ar (IQA), medição que detecta poluentes específicos, e sintomas apresentados (como falta de ar intensa e dor no peito), a orientação é procurar atendimento médico.

O IQA conta com protocolos em relação à qualidade do ar, o que ajuda a enfrentar sintomas de doenças respiratórias. Assim, quando a medição aponta “muito insalubre” (entre 201 a 300), a recomendação é evitar esforços prolongados e permanecer em ambientes fechados, de preferência com filtragem de ar.

O pior cenário para enfrentar sintomas de doenças respiratórias é definido como “perigoso”, em que existe o risco de agravamento muito importante de doenças cardíacas ou pulmonares, mortalidade prematura de pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares e idosos e o risco de efeitos respiratórios na população em geral.

Medicamentos e terapias indicadas para sintomas respiratórios

O tratamento para irritação respiratória inclui o uso de broncodilatadores, anti-inflamatórios e antibióticos para tratar infecções bacterianas, dependendo da gravidade da condição. Em casos de inalação de fumaça e saúde pulmonar, o tratamento com oxigenoterapia, por meio de uma máscara facial, pode ser utilizado.

Terapias respiratórias, como inalação de medicamentos, bem como a fisioterapia respiratória ajudam a melhorar a função pulmonar, além de facilitar a respiração. São outros cuidados médicos realizados para enfrentar sintomas de doenças respiratórias.