Homem usa madrugada para se masturbar e coagir mulher em linha da Reunidas até Florianópolis

Respeito e justiça. É o que pede uma mulher que percorria a linha Dionísio Cerqueira x Florianópolis, na madrugada da última segunda-feira (9), quando foi surpreendida por um passageiro, ao seu lado, que tirou o pênis para fora da calça e começou a se masturbar.

Caso aconteceu na linha Dionísio Cerqueira x Florianópolis, na madrugada da última segunda (9) – Foto: Divulgação/ND

A vítima procurou pelo motorista que, ao ser abordado, teria dado pouca importância ao caso. Segundo o boletim de ocorrência que a Coluna Bom Dia teve acesso, a mulher alegou que estava sem sinal e não conseguiu ligar para a polícia.

O motorista, na ocasião, ofereceu para que ela se acomodasse em outra poltrona, no pavimento inferior do veículo.

Ainda segundo o relato, já pela manhã da segunda, ao chegar em Florianópolis, ela não encontrou o autor entre os passageiros. Revelou que procurou o posto da polícia, na rodoviária, mas que estava fechado.

Ao ligar para o 190, já pela manhã, ouviu que já não caberia mais o flagrante e a orientação era registrar o boletim.

O comunicado foi feito junto ao Plantão da Polícia, no Centro de Florianópolis, e o caso foi encaminhado aos cuidados da Delegacia da Mulher.

Empresa não teria seguido o protocolo

A vítima conversou com a Coluna e explicou que é um trecho que ela percorre há 19 anos e que jamais tinha acontecido algo parecido.

Alegou, ainda, que se sentiu desamparada pela empresa que, inclusive, conta com protocolos de atendimento em casos como esse.

A mulher ainda conta que está “abalada” psicologicamente e insegura para voltar a “entrar em um ônibus”. Lembra, ainda, que devido a impunidade do caso a probabilidade é que o autor volte a praticar o crime.

“Eu, que tenho instrução, não soube como agir na hora. É uma sensação de impotência”, explicou a pessoa que pediu para não ser identificada.

Atitudes suspeitas na linha Dionísio Cerqueira x Florianópolis

Outro ponto observado pela vítima é que o autor, desde o início, apresentou atitudes suspeitas. A primeira era estar, a todo tempo, com o rosto semicoberto já que usava boné e vestia capuz.

Ao longo da viagem ainda revelou que se incomodou já que o homem, que estava na poltrona da janela – e ela no corredor – a “cutucava” com a perna e a cabeça.

O que diz a empresa citada

A empresa, que é sediada em Caçador-SC, informou que o motorista, “assim que foi acionado” realocou a vítima em outra poltrona.

A nota encaminhada à Coluna Bom Dia reafirmou a dificuldade em ligar para à autoridade policial em função da falta de sinal de telefone celular, na região.

A Reunidas ainda revela que “orienta seus motoristas que seja realocado o passageiro, bem como, em caso de desejo, seja contatada autoridade policial mais próxima”.

Confira a nota da empresa

Em relação aos fatos mencionados na reportagem, a empresa, após apurar os fatos, informa que: assim que foi acionado, o motorista realocou a passageira para outra poltrona; a passageira tentou realizar contato com autoridade policial, não obtendo êxito, devido à falta de sinal para telefone celular no local. Ao terminar a viagem, a passageira desembarcou do veículo da empresa e procurou pelos seguranças do Terminal Rodoviário.

A Reunidas orienta seus motoristas, quando for relatado casos de violência ou importunação a qualquer de seus passageiros, que seja realocado o passageiro, bem como seja prestada toda a assistência aos passageiros, inclusive, caso seja o desejo do passageiro, seja contatada a autoridade policial mais próxima.

Por fim, a Reunidas reitera seu compromisso com a segurança e o bem-estar de seus passageiros e repudia qualquer ato de importunação ou violência contra as mulheres. Também se coloca à disposição das autoridades para fornecer todas as informações que possam auxiliar na investigação deste fato e prestar o auxílio necessário à passageira que foi vítima deste lamentável ato.

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