VÍDEO: Após desabamento de laje em Palhoça, trabalhador fica com perna presa em cimento

O desabamento de laje de concreto em uma obra em Palhoça, na Grande Florianópolis, feriu cinco trabalhadores na manhã desta sexta-feira (20). Um deles ficou com a perna presa no cimento e precisou ser socorrido pelos colegas.

O acidente ocorreu na rua Dália, 256, no bairro Jardim das Palmeiras. Cerca de dez funcionários trabalhavam na construção do prédio na hora do desabamento de laje.

“Eu estava olhando a chuva e eu vi que a obra começou a cair, tipo efeito dominó. E os funcionários começaram a correr por debaixo do que estava ainda de pé. Alguns pularam na areia e começaram a gritar e perguntar se estavam todos aqui. Graças a Deus não houve vítimas, mas foi terrível, o barulho foi como se tivesse caído um avião”, contou um vizinho ao Balanço Geral Florianópolis, da NDTV Record.

Os próprios funcionários fizeram o primeiro atendimento e conseguiram retirar o trabalhador que estava com a perna presa no cimento. O Samu prestou socorro e encaminhou cinco vítimas ao Hospital Regional de São José, todas com ferimentos leves.

Outras duas pessoas estavam em pé em cima de um pilar e foram retiradas sem ferimentos, com o auxílio de uma escada. Segundo os moradores da região, a obra começou há dois meses e ganhou corpo há cerca de um mês. O prédio residencial terá 12 andares e 64 apartamentos.

VÍDEO: Trabalhador fica com perna presa após desabamento de laje

A reportagem do Balanço Geral mostrou imagens da obra após o desabamento de laje e a situação do trabalhador, que ficou com a perna presa no cimento. Assista:

Defesa Civil explica o que pode ter causado desabamento de laje em Palhoça

Em entrevista ao Balanço Geral, o coordenador da Defesa Civil de Palhoça, Júlio Marcelino, detalhou o que pode ter acontecido na construção do prédio na manhã desta sexta-feira (20).

“Nós interditamos em primeiro momento esse imóvel, até por questão de segurança. Há um abalo estrutural, onde inclusive atingiu uma parte de um terreno extremante”, declarou o coordenador.

A obra foi interditada pela Defesa Civil para evitar um novo desabamento de laje e só poderá retomar os trabalhos quando a chuva parar. Apesar de ter atingido um terreno vizinho, Júlio Marcelino esclareceu que não foram verificados problemas estruturais que possam comprometer o entorno.

“Não há como trabalhar, primeiro porque está com chuva, segundo porque o cimento continua fresco. Então, não tem como botar um maquinário naquele local, e até mesmo para salvaguardar a vida e a segurança de todos”, definiu.

O coordenador ainda garantiu que a empresa está regularizada e tem alvará. Ele acredita que o desabamento de laje foi causado pela chuva intensa nesta manhã

“Provavelmente, com a questão do mau tempo e o cimento fresco de concretagem, algum vigote daquele acabou não suportando e veio puxando todo o resto do material”, observou.