Caso Sex Night: MPSC investiga boate após morte violenta de cliente em Florianópolis

Uma investigação do MPSC foi aberta para apurar possíveis irregularidades na boate Sex Night, após a morte de um cliente na saída do estabelecimento, em Florianópolis. A 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital instaurou uma notícia de fato, solicitando esclarecimentos sobre o caso.

Caso Sex Night resultou em investigações do MPSC acerca de possíveis irregularidades

MPSC vai investigar possíveis irregularidades na boate Sex Night em Florianópolis, após morte de cliente – Foto: Reprodução/ND

O crime ocorreu no dia 8 de outubro, após um desentendimento com seguranças, resultando em agressão física e disparo de arma de fogo. O promotor de justiça Wilson Paulo Mendonça Neto abriu investigação para verificar o cumprimento da legislação no funcionamento e segurança do estabelecimento.

Na última sexta-feira (18), a 29ª PJ da Comarca da Capital solicitou, no prazo de 20 dias, que o Procon de Florianópolis, a Vigilância Sanitária e o Corpo de Bombeiros visitem a boate. O objetivo é verificar a regularidade do estabelecimento.

Cliente não quis pagar a conta e iniciou briga generalizada que resultou em sua morte

Cliente foi morto dentro de casa noturna na capital catarinense no início de outubro – Foto: Reprodução/ND

Mendonça também solicitou que a casa noturna dê esclarecimentos sobre o caso que vitimou o cliente no local. Foi solicitado aos gestores do Sex Night esclarecimentos sobre como ocorrem as contratações da equipe de segurança e se eles têm treinamentos.

Além disso, a boate deve apresentar o contrato social e a documentação que atesta a regularidade do local. A casa noturna terá que mostrar o alvará de funcionamento, plano de prevenção e proteção contra incêndios (aprovado pelo CBMSC), habite-se, além de outros documentos.

Relembre o caso Sex Night

A morte do cliente ocorreu após desentendimento com o segurança da boate. Segundo relatos nos autos, a vítima e seus amigos discutiram sobre o valor da conta, e um segurança teria desferido uma cotovelada em um dos amigos.


Momentos antes da briga generalizada que resultou na morte de empresário na boate Sex Night – Vídeo: Reprodução/ND

A partir daí, iniciou-se uma luta corporal, que envolveu um policial militar, fora de serviço, atuando como segurança armado no local. O policial sacou sua arma e atirou à queima-roupa no peito da vítima, que caiu no chão.

Em seguida, o segurança responsável pelo início do conflito chutou a cabeça do homem já caído. O titular da 37ª PJ da Capital, Promotor de Justiça Jonnathan Augustus Kuhnen, alega que o policial militar utilizou recurso que dificultou a defesa da vítima e colocou em risco a vida das pessoas que estavam no local.

A denúncia, apresentada pela 37ª Promotoria de Justiça de Florianópolis, acusa os dois seguranças de uso excessivo de violência e de dificultarem a defesa da vítima. O policial militar e o segurança agora enfrentam um julgamento perante o Tribunal do Júri.

A reportagem do ND Mais tentou contato com a defesa da boate Sex Night, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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