Caçada a barão do tráfico termina com morte de 19 membros de cartel de drogas mexicano

O exército do México matou 19 pessoas suspeitas de integrar o cartel de drogas mexicano. As mortes ocorreram durante um confronto iniciado para prender o líder do grupo criminoso, informou a Secretaria de Defesa (Sedena).

foto mostra carros do Exército mexicano, que teria matado 19 membros de cartel de drogas mexicano

Exército mexicano teria matado 19 membros de cartel de drogas mexicano – Foto: Ivan Medina/AFP/ND

O conflito contra o cartel de drogas mexicano teria ocorrido na segunda-feira (21) no estado de Sinaloa.

“Durante o evento, foi registrado um ataque contra militares por parte de mais de 30 indivíduos (…), o que resultou em 19 agressores falecidos. Os demais conseguiram fugir”, afirma um comunicado militar.

Apesar do elevado número de mortos, a Sedena afirmou que os soldados “atuaram com respeito estrito ao Estado de direito e com pleno respeito aos direitos humanos” e às leis nacionais sobre o uso da força.

Quem eram barão do tráfico preso que comandava cartel de drogas mexicano

Os suspeitos de integrar o cartel de drogas mexicano integravam uma “célula criminosa” e de proteção de Edwin Antonio “N”, conhecido como ‘El Max’, que foi preso no conflito.

Conforme a Secretaria de Defesa, El Max era o o suposto chefe do comando e ligado à facção de Ismael “El Mayo” Zambada, um dos os líderes do poderoso cartel de Sinaloa, capturado em julho pelas autoridades dos Estados Unidos.

Segundo a secretaria, El Max “participou ativamente na recente violência registrada no município de Culiacán”.

Além de capturar El Max, os militares apreenderam armas, equipamentos táticos e sete veículos.

Entenda o conflito com o cartel de drogas mexicano

A espiral de crimes que abala Sinaloa começou com a detenção de Zambada, em 25 de julho no Novo México, Estados Unidos. O traficante afirma que foi sequestrado no México e levado para o país vizinho contra a sua vontade.

Zambada, 76 anos, foi detido ao lado de Joaquín Guzmán López, filho de Joaquín “El Chapo” Guzmán, que cumpre pena de prisão perpétua nos Estados Unidos. O herdeiro de El Chapo teria delatado El Mayo em busca de benefícios judiciais para ele e para um irmão preso naquele país.

O confronto em Sinaloa envolve criminosos leais a El Chapo e seus filhos contra aliados de Zambada, que se declarou inocente de uma série de acusações que enfrenta em um tribunal de Nova York.

A guerra entre as duas facções do cartel, que explodiu em 9 de setembro, provocou pelo menos 150 assassinatos até o início de outubro, segundo as autoridades estaduais.

O ex-presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, que concluiu seu mandato em 30 de setembro, responsabilizou os Estados Unidos pela disputa sangrenta, alegando que o país vizinho agiu unilateralmente para deter Zambada.

A atual presidente, Claudia Sheinbaum, declarou em 8 de outubro que “a guerra contra o narcotráfico não voltará”, em referência à ofensiva militar iniciada em dezembro de 2006.

Desde então, a estratégia militarizada contra o crime provocou mais de 450 mil assassinatos e deixou dezenas de milhares de desaparecidos, segundo dados oficiais.

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