O que está por trás do insucesso das câmeras corporais da Polícia Militar de Santa Catarina

Apesar da expectativa e do investimento, as câmeras corporais da PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) foram um fracasso.

É bem verdade que o comandante-geral da corporação, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, em visita ao Grupo ND na última semana, não usou essa palavra ao explicar os motivos, mas enumerou uma série de insuficiências que, nesse momento, sepultaram o projeto que acabou inundado em polêmicas.

Equipamentos foram instalados em 2019, em Santa Catarina; equipamentos estão sendo retirados aos poucos – Foto: PMSC/Divulgação/ND

Prometido, inicialmente, para dar mais “segurança ao policial”, o equipamento, na prática, só entregou controvérsias.

Desde problemas com o funcionamento do aparelho, assim como o armazenamento do conteúdo.

Mais que isso, também passou a ser usado como prova, contra o próprio policial, em processos envolvendo até o emprego de palavras nas ocorrências.

Custoso, o equipamento também acabou por retirar, indiretamente, outros itens do PM que, como pontuado pelo comandante, acabam sendo muito mais úteis na administração das ocorrências, como as chamadas armas não-letais.

Pelozato, no entanto, também lembrou que a desistência do acessório, não quer dizer que a ocorrência não pode ser filmada, já que os policiais têm seu aparelho e com aplicativo próprio.

Por fim, o coronel ainda provocou sobre outras áreas da sociedade que envolvem a vida, que também poderiam usar uma câmera: “porque só o policial militar?”.

 

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