Serial killer: nora que envenenou bolo cometeu crimes em série e sogro é uma das vítimas no RS

Investigadores do caso do bolo envenenado que matou três pessoas em Torres (RS) afirmaram nesta sexta-feira (10), que há fortes indícios de que Deise Moura dos Anjos praticava homicídios em série. A perícia encontrou arsênio no corpo de Paulo dos Anjos, sogro da acusada, morto em setembro do ano passado.

Bolo envenenado com arsênio matou três pessoas; sogro também ingeriu o veneno, diz perícia

Arsênio foi encontrado no corpo de sogro e investigadores do caso do bolo envenenado aponta suspeita como assassina em série – Foto: Reprodução/ND

Segundo o Instituto-Geral de Perícias (IGP), Paulo dos Anjos, 68 anos, ingeriu arsênio antes de morrer. O corpo foi exumado no Cemitério São Vicente, em Canoas (RS), na quarta-feira (8). Inicialmente, sua morte foi atribuída a uma intoxicação alimentar.

“Nós temos provas robustas que ela matou quatro pessoas, por ora. Essa mulher não só matou quatro pessoas e tentou matar outras três, como também há indícios de que ela tenha tentado matar outras pessoas”, declarou o delegado da Polícia Civil, Marcos Veloso.

Nora é suspeita de envenenar bolo em Torres (RS)

Nora é suspeita de colocar arsênio em bolo que matou três pessoas em Torres (RS) – Foto: Reprodução/ND

Segundo a delegada regional Sabrina Deffent, “há fortes indícios que ela tenha provocado outros envenenamentos de pessoas próximas à família”. Ela destacou ainda que a suspeita seria “uma pessoa que praticava homicídios e tentativas de homicídios em série”.

Caso bolo envenenado: nora fez quatro compras de venenos e tentou cremar o sogro

A Polícia Civil revelou que a suspeita do caso do bolo envenenado de Torres (RS) comprou veneno quatro vezes em um período de cinco meses, incluindo antes da morte do sogro e das demais vítimas. Ela também teria inventado justificativas para evitar investigações.

Perícia encontrou arsênio no corpo do sogro

Sogro foi exumado e perícia também encontrou arsênio no corpo da vítima – Foto: Reprodução/ND

“Num primeiro momento, depois da morte do sogro, ela tenta a cremação do corpo. Depois, ela tenta outra narrativa: de que seria por causa das bananas [que estariam infectadas pelas enchentes em Canoas no ano passado]”, explicou a delegada Sabrina Deffent.

A defesa de Deise ainda não comentou as novas acusações. Em nota anterior, os advogados afirmaram que aguardam acesso integral às investigações para se manifestarem. As apurações continuam, buscando esclarecer o alcance dos supostos crimes.

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