Policial é procurado por estuprar a enteada e investigações apontam que mãe da vítima era conivente

Polícia Civil realiza buscas para prender o policial (Foto: Ascom/PCRR)

O policial civil C.A.V.S. é procurado por estuprar a enteada de 11 anos, e a mãe da vítima A. P. S. R., de 28 anos, era conivente com o crime, conforme informações divulgadas pela Polícia Civil, neste sábado, 18. O policial segue foragido e foi realizada uma operação conjunta nessa sexta-feira, 17, para prendê-lo.

O policial é investigado por estupro de vulnerável e a mãe da vítima por omissão, registro e armazenamento de pedopornografia.

A operação contou com a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Corregedoria-Geral de Polícia (Corregepol) e com o apoio do Grupo de Resposta Tática (GRT) realizou uma operação conjunta para prender o agente que está foragido.

A investigação teve início na DPCA desde o dia 06 de janeiro deste ano, quando o delegado Matheus Rezende, recebeu a denúncia de que C.A.V.S., estaria abusando sexualmente da enteada há anos, com a conivência da mãe da vítima. Segundo a denúncia, em certa ocasião a mulher teria registrado em vídeo os abusos contra a filha, para utilizar em eventuais ameaças contra o suspeito.

O delegado informou ainda que foi instaurado Inquérito Policial para esclarecer o crime. No entanto, destacou, de acordo com as informações obtidas durante a investigação, esta não seria a primeira vez que o agente estaria envolvido em práticas abusivas. Há indícios de que ele já teria cometido abusos contra outras pessoas, o que amplia a gravidade do caso e reforçou a necessidade de uma apuração mais rigorosa.

A vítima, em escuta especializada, confirmou os abusos e relatou que sua mãe gravou um dos episódios. A partir disso, a DPCA e a Corregedoria representaram pela prisão preventiva do agente e da mãe, além de solicitar medidas de busca e apreensão e a quebra de sigilo telemático. O juiz responsável decretou a prisão preventiva do agente e autorizou as medidas solicitadas, mas negou o pedido de prisão da genitora.

No início das investigações, o casal foi ouvido na DPCA e ambos negaram as acusações. Atualmente o agente está afastado de suas funções e é considerado foragido. Desde ontem, equipes policiais realizam diligências para localizá-lo e cumprir o mandado de prisão. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram apreendidos materiais que podem contribuir para as investigações.

“A criança está sob a guarda do pai. A primeira vez que ela relatou sobre os abusos foi para a nossa psicóloga. Ele intimidava a criança, dizendo que se ela o denunciasse, tanto ele, quanto a mãe dela, seriam presos. Realizamos os encaminhamentos dela para a maternidade, para o Conselho Tutelar e atendimento psicossocial”, detalhou o delegado.

Ainda segundo o delegado, independentemente do investigado ser policial civil, a Polícia Civil de Roraima mantém seu compromisso inabalável de combater qualquer tipo de crime, especialmente os de abuso contra crianças e adolescentes.

“A Polícia Civil vai investigar e responsabilizar todos os envolvidos, sem qualquer distinção. Nós vamos cortar na carne, porque o nosso dever é garantir justiça e proteção às vítimas. Toda a ação da DPCA teve o acompanhamento da Corregedoria-Geral de Polícia”, declarou o delegado.

O corregedor-geral em exercício, Glauber Carneiro Lorenzini, adotou providências no âmbito administrativo disciplinar contra o policial, com a instauração de um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar).

Durante a operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão (Foto: ASCOM/PCRR)

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