

Hafiz Saeed, fundador do Lashkar-e-Taiba, grupo terrorista que foi alvo do bombardeio indiano – Foto: Divulgação/EUA/ND
O conflito entre Índia e Paquistão reacendeu em 22 de abril, quando um ataque na Caxemira vitimou 26 pessoas. A Índia respondeu com um bombardeio no território paquistanês nesta terça-feira (6).
O governo confirmou que nove locais foram atingidos e que o ataque mirou estruturas terroristas no país. As nações travam guerras na região desde a independência do Reino Unido, em 1947.
A região da Caxemira é divida entre três nações: Índia, China e Paquistão.
Grupos terroristas envolvidos no conflito entre Índia e Paquistão
Como informado pelo portal CNN Brasil, o governo indiano atribuiu a autoria dos ataques ao grupo Lashkar-e-Taiba (LeT).
O governo indiano afirmou que o alvo dos seus ataques foram os grupos islâmicos LeT e o Jaish-e-Mohammed (JeM). O Conselho de Segurança da ONU classifica as organizações como terroristas.
Lashkar-e-Taiba
O LeT, ou “exército dos puros”, realiza ataques terroristas desde 1993, e está instalado na província mais populosa do Paquistão, Punjab.

Lashkar-e-Taiba, grupo terrorista envolvido no conflito Índia e Paquistão – Foto: Divulgação/Gov EUA/ND
É um dos principais grupos que combatem o domínio indiano na Caxemira. Foi responsável pelo ataque na cidade de Mumbai, centro comercial da Índia, em 2008, deixando 166 vítimas.
O grupo já cometeu atos terroristas contra o parlamento indiano em 2001 e contra trens de passageiros de Mumbai em 2006.
A Índia declarou que um dos alvos foi o quartel-general do Let, supostamente localizado em Muridke, uma área de 85 hectares localizada a 25 km da fronteira.
Muridke seria onde os membros do LeT receberiam treinamento e organizariam os ataques terroristas.
O Paquistão afirma que o grupo já foi neutralizado e banido. O fundador do LeT, Hafiz Saeed, foi preso em 2019 e condenado a 31 anos de prisão por financiar ações terroristas.
Jaish-e-Mohammad
O Jet ou “Exército do Profeta Maomé” também está localizado em Punjab. O grupo foi fundado em 1999 por Masood Azhar após a sua libertação de uma prisão indiana.

Bandeira do Jaish-e-Mohammad – Foto: Divulgação/Gov EUA/ND
Para sua libertação, o governo indiano fez um acordo para a liberação de 155 reféns, sequestrados em um voo da Indian Airlines, que tinha como destino o Afeganistão.
Segundo o Conselho de Segurança da ONU, o grupo tem ligações com a Al-Qaeda e com o Talibã.
Acusados de envolvimento no ataque ao parlamento indiano, com o LeT, o grupo foi banido pelo governo paquistanês em 2002.
As forças armadas indianas teriam atacado, nesta terça-feira, a sede do JeM, que fica localizada a 100 km da fronteira.
Paquistão ameaça responder
A Índia acusa o Paquistão de apoiar os grupos islâmicos, que organizam ataques em seu país, de maioria hindu. O Paquistão nega o apoio e acusa o governo indiano de apoiar grupos separatistas em seu território.
Segundo o governo paquistanês, 26 civis foram mortos nos ataques de maio, incluindo crianças e as forças armadas abateram cinco caças indianos.
Negando envolvimento nos ataques de abril, o Paquistão declarou que vai responder “a esta agressão no momento, local e meios de nossa escolha”.